Trabalhadores terão suas atividades ligadas ao acompanhamento e a assistência de alunos matriculados na rede municipal de ensino com diagnóstico e laudo de autismo e/ou que apresentam dificuldades de locomoção, de alimentação ou de higiene

O prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeida, assinou nesta terça-feira (27), a documentação que autoriza a contratação de profissionais para atuarem como apoio e monitoria nas escolas municipais, acompanhando e assessorando os alunos matriculados na Rede Municipal de Ensino que apresentam deficiências e/ou dificuldades de locomoção e alimentação. O processo de seleção e inserção destes profissionais nas instituições de ensino será acompanhado pelo Núcleo de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação (SME), que é o setor competente pela identificação, mapeamento e atendimento destas demandas.
De acordo com o prefeito, a inserção destes profissionais no apoio escolar qualificará o ensino oferecido na rede municipal de educação, garantindo que todas as crianças sejam incluídas no cotidiano escolar, desenvolvam sua autonomia e participem plenamente dos projetos multidisciplinares e transversais trabalhados pelo Município. “Agora, as próximas etapas serão a contratação propriamente dita destes trabalhadores, sua capacitação e qualificação e o posterior direcionamento para as primeiras escolas que serão contempladas com este apoio”, definiu Pedro.
Segundo o secretário Municipal de Educação, Adriano Canabarro Teixeira, através de processo licitatório autorizado pelo prefeito, a Prefeitura terá a possibilidade de contratar até 100 monitores para atuarem 40 horas/semanais. Estes profissionais de apoio, explicou ele, são disponibilizados nos sistemas de ensino sempre que for identificada a necessidade do estudante, visando à acessibilidade às comunicações e a atenção aos cuidados pessoais de alimentação, higiene e locomoção. “Este suporte se destina aos alunos que não realizam as atividades de alimentação, higiene, comunicação ou locomoção com autonomia e independência, possibilitando seu desenvolvimento pessoal e social e justifica-se quando a necessidade específica do estudante não for atendida no contexto geral dos cuidados disponibilizados aos demais estudantes”, ponderou.
Conforme o secretário, a SME está compondo uma equipe especializada que fará a análise e a identificação individualizada dos casos para mapear quais alunos da rede demandam, efetivamente, o apoio escolar e quais destes podem ter um monitor compartilhado, a partir do que prevê a lei que regulamentou a exigência destes profissionais nos espaços escolares. “Nós temos uma preocupação de garantir que todos os nossos estudantes estejam inseridos nos processos educacionais e pedagógicos de forma a desenvolver sua autonomia. Por isso, os monitores devem agir para facilitar esta inserção, contribuindo com a ambientação desses alunos que demandam um auxílio mais direto”, resumiu Teixeira.
A perspectiva da SME é de que os primeiros monitores sejam incorporados à rede municipal de educação até o fim do mês de julho.
Foto: Michel Sanderi