Olhar de Criança: prefeito Pedro Almeida entrega óculos a crianças da rede municipal

Sem custo nenhum às famílias, os óculos promoverão condições para a aprendizagem e a alfabetização. Entrega foi realizada na Escola Municipal de Educação Infantil Maria Elizabeth



Ver bem para aprender melhor: foi pensando nisso que a Prefeitura de Passo Fundo criou o programa Olhar de Criança. A iniciativa promove a acuidade visual para os alunos das escolas municipais de educação por meio de avaliações, testes e o fornecimento de óculos sem nenhum custo às famílias.

Nesta segunda-feira (11), na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI), o prefeito Pedro Almeida realizou a entrega de óculos a cerca de 40 crianças atendidas pela iniciativa, que também são oriundas das escolas José Antônio Falcão, Helena Salton, Cantinho Feliz, Toquinho de Gente, Arlindo de Souza Mattos, André Zaffari, Menino Deus e Rita Sirotsky. “Toda vez que a gente investe em uma criança está fazendo um gesto concreto pelo futuro da cidade. Se o aluno não enxerga bem, terá mais dificuldades para aprender e ser alfabetizado. Por isso, o programa Olhar de Criança é essencial para a educação e para criarmos condições para que as crianças se desenvolvam na escola”, enfatizou.

O programa atende alunos na faixa dos três aos seis anos de idade e funciona em três diferentes etapas: na primeira, as crianças fazem um teste de visão nas escolas; caso seja detectado alguma dificuldade, um novo teste é feito no Hospital de Olhos; as crianças com indicação de óculos recebem um encaminhamento para escolha da armação e, posteriormente, os óculos são entregues nas instituições. As que precisam de tratamento seguem em acompanhamento por mais tempo.

Conforme a secretária de Saúde, Cristine Pilati, no último ano, 1,5 mil crianças passaram pela triagem na própria escola, 518 foram encaminhadas para consulta no Hospital de Olhos, 117 já foram atendidas e 50 precisaram do óculos. “Estamos muito felizes por fazer essa entrega aqui. Sabemos a diferença que enxergar bem faz para a aprendizagem das crianças. Com os óculos, conseguimos combater desigualdades e uma deficiência que, às vezes, os pais nem sabem que elas têm”, destacou.

Durante a entrega, o secretário de Educação, Adriano Canabarro Teixeira, conversou com os alunos e explicou a importância de eles usarem os óculos. “Quando eu era pequeno, tinha uma dificuldade para aprender e não sabia o porquê até ir ao oftalmologista. Quando eu passei a usar óculos, parece que tudo melhorou. Tenho certeza que, a partir do óculos, vocês serão alunos e alunas ainda melhores”, disse.

Maria Cecília, de 4 anos, foi uma das crianças que receberam os óculos nesta segunda-feira. A mãe, Alice de Oliveira dos Santos, comentou como a iniciativa contribui com as famílias. “Nós percebemos que ela tinha alguma dificuldade porque costumava ficar muito próxima das coisas. Para nós, o programa é muito bom, pois os óculos são caros e não cabem no orçamento de muitas pessoas”, contou.

Sons do Mundo
Foi com a mesma perspectiva do Olhar de Criança que a Prefeitura criou, em abril deste ano, o programa Sons do Mundo, que busca identificar crianças com deficiências auditivas na rede municipal e assegurar que recebam o acompanhamento necessário. O público-alvo são as crianças de 3 a 8 anos que estudam na rede municipal.

O prefeito, Pedro Almeida, enfatizou que problemas auditivos e visuais estão entre os motivos que podem dificultar o processo de aprendizagem dos alunos. “Estamos dando mais um passo para enfrentar esses fatores que podem prejudicar o desempenho dos alunos em sala de aula. Temos certeza de que o programa Sons do Mundo, assim como o Olhar de Criança, fará a diferença na vida de muitas crianças”, afirmou.

Conforme explica a secretária de Saúde, Cristine Pilati, “o programa Sons do Mundo tem o objetivo de preencher a lacuna que possa existir entre crianças que realizaram o Teste da Orelhinha quando nasceram e crianças que estão em idade escolar e que, por algum motivo, possam ter desenvolvido déficit auditivo”.

Os alunos serão triados nas escolas por uma fonoaudióloga, com avaliação clínica, otoscopia e aplicação do teste de emissões otoacústicas. Em caso de detecção de alterações, a criança será encaminhada para atendimento especializado e realização de audiometria convencional. O programa está recebendo os últimos ajustes para que entre em funcionamento.

Fotos: Michel Sanderi