Cyberliga: projeto da Prefeitura torna alunos heróis na aprendizagem

A pandemia trouxe muitas mudanças para a vida de todos nós. Um dos seus maiores impactos foi na educação das crianças e adolescentes, que precisaram ser afastados das escolas e se adaptar […]

A pandemia trouxe muitas mudanças para a vida de todos nós. Um dos seus maiores impactos foi na educação das crianças e adolescentes, que precisaram ser afastados das escolas e se adaptar ao ensino remoto. Muitos deles encontram dificuldades para acompanhar os conteúdos letivos. Pensando nisso, a Prefeitura implementou o Plano de Combate à Desigualdade Educacional, composto por uma série de medidas que buscam auxiliar os alunos no desenvolvimento de habilidades.

Um dos projetos articulados pela Secretaria Municipal de Educação é a Cyberliga, que formará alunos heróis na aprendizagem. A iniciativa atenderá estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental, do quinto ao nono ano, com atividades no turno escolar inverso focadas na resolução de lacunas no conhecimento.

O prefeito, Pedro Almeida, aborda a analogia da Cyberliga. "Os superheróis ajudam os outros. Entendemos que a ajuda é um gesto muito importante e que traz benefícios para a sociedade. Com esse projeto, há uma ajuda mútua entre a Prefeitura, os alunos e os professores para que haja resultados positivos para todos", menciona.

Conforme o secretário de Educação, serão convidados os alunos com desempenho inferior a 50% das habilidades contempladas pela Avaliação Diagnóstica, um recurso desenvolvido e utilizado pela Secretaria para identificar as defasagens dos estudantes na aprendizagem agravadas pela pandemia. “Os cyberaprendizes, como chamamos os alunos que participarão da Cyberliga, terão a oportunidade de sanar suas dificuldades nas diversas áreas do conhecimento. Com cybermestres, professores das áreas de Ciências Humanas e da Natureza, Matemática e Linguagens, e o apoio de cyber+, colegas com competências digitais, eles farão sequências didáticas on-line para o aprimoramento de suas capacidades”, explica.

Todas as atividades serão executadas pela plataforma Google Workspace e estão organizadas em uma dinâmica de sala de aula invertida. Serão oferecidas aulas e atividades síncronas, denominadas treinamentos e missões, e momentos assíncronos, chamados de desafios, em salas virtuais destinadas a cada área do conhecimento. Entre as ações, estão quizzes, jogos educativos e leitura.

De acordo com Adriano, os alunos poderão participar de casa ou das escolas, dependendo dos recursos disponíveis. “Os que possuem acesso à internet em casa farão os desafios, treinamentos e missões de suas casas. Já aqueles que não têm essa ferramenta receberão o material impresso do desafio e realizarão em suas escolas os treinamentos e as missões, contando com a rede de internet e os notebooks disponibilizados no início de 2022. Tudo será realizado no turno inverso, e os horários serão organizados pelas escolas”, pondera.

Escolas-piloto e primeiros cyberaprendizes

A apresentação da Cyberliga foi feita nesta quinta-feira (9), na EMEF Fredolino Chimango, que fica no Bairro Integração. A instituição, junto com a EMEF Wolmar Salton, no Bairro São Cristóvão, fará parte do projeto-piloto da iniciativa.

A diretora, Franciele de Mello, avalia a importância do projeto. "Percebemos que as crianças voltaram para as salas de aula com mais dificuldades para a aprendizagem. Estamos felizes por abraçar a Cyberliga, que vai ajudar a sanar essas dificuldades", comenta.

Cyber+

A primeira cyber+ também é da EMEF Fredolino Chimango. A aluna Nicoli Klitzke Mathias, de 14 anos, do nono ano, irá auxiliar os colegas nas tarefas.

Cybermestres

Esses são os cybermestres, professores responsáveis pelas atividades:

Matemática - Tárcius Alievi Pinheiro

Linguagens - Patrícia Guterres

Ciências Humanas - André Martinelli Piasson

Ciências da Natureza - Camila de Moraes

Plano de Combate à Desigualdade Educacional

A desigualdade educacional é uma condição que estudantes da mesma faixa etária e mesmo ano letivo apresentam conhecimentos inferiores aos minimamente esperados ou diferentes e acentuados níveis de compreensão. Algumas das causas desse fenômeno são o abandono escolar, a desigualdade de acesso a ferramentas educacionais, a situação socioeconômica e educacional das famílias, as dificuldades alimentares e de acesso a serviços de saúde, a falta de experiências culturais significativas e uma orientação deficitária ao uso de tecnologias para fins de aprendizagem escolar.

A situação da desigualdade foi agravada durante a pandemia, uma vez que os alunos precisaram ser afastados das atividades presenciais nas escolas por mais de um ano. Desde então, o Município vem trabalhando no seu enfrentamento. “Combater a desigualdade educacional é, atualmente, o nosso maior desafio. Dentre outras possibilidades, buscamos criar soluções inovadoras de oferecimento de recursos de educação, além de oportunidades de processos educativos adicionais”, justifica o secretário de Educação, enfatizando que as diferentes frentes do plano promovem o desenvolvimento de habilidades e competências previstas na Base Nacional Curricular Comum e no Documento Orientador do Território Municipal, considerando os resultados da Avaliação Diagnóstica.

Em abril, a Prefeitura inaugurou o Centro Pós-Covid de Combate à Desigualdade Educacional, para onde as escolas encaminham estudantes com defasagens significativas a fim de que sejam atendidos por uma equipe multidisciplinar de educação e saúde.

O prefeito, Pedro Almeida, considera que o espaço, inovador no estado, reflete os esforços da Prefeitura para criar possibilidades à educação e aos alunos. “O Plano de Combate à Desigualdade Educacional é fruto de um grande trabalho do Município na área da Educação, atento às consequências da pandemia e preocupado com cada estudante da rede. Muitos projetos estão sendo colocados em prática e que farão a diferença no presente e no amanhã das crianças”, pontua.

Fotos: Michel Sanderi