Práticas de programação encerram seminário

O objetivo foi iniciar uma conversa sobre o potencial das tecnologias digitais na educação

Durante três dias, a Prefeitura de Passo Fundo, através Secretaria de Educação, realizou o I Seminário de Inovação Educacional para professores da rede municipal de ensino. Representantes das escolas dialogaram sobre novas aprendizagens no âmbito educacional e realizaram atividades práticas. A iniciativa foi organizada por meio das coordenadorias de Inovações Educacionais e da Universidade Popular.

A programação, que iniciou nessa segunda-feira (01º), seguiu até o final da tarde dessa quarta-feira (03), com ações realizadas na Universidade de Passo Fundo. O espaço uniu conferências de profissionais que contam com experiência teórico-metodológica em temáticas como espaço escolar educador, práticas leitoras e informática educativa.

O objetivo da iniciativa foi iniciar uma conversa sobre o potencial que as tecnologias digitais têm em transformar o que se entende por educação. Para o coordenador do Programa Escola de Hackers, da Prefeitura de Passo Fundo, o professor doutor Adriano Canabarro Teixeira, a ideia é possibilitar que os estudantes deixem de ser coadjuvantes no processo e passem a ter uma postura mais ativa no desenvolvimento de habilidades cognitivas.

“Temos um mundo extremamente dinâmico e um ensino escolar em que tudo é definido no primeiro ano de escola até o final do Ensino Médio. Isso é no mínimo incoerente, pensar que podemos fazer uma predefinição da educação sem sabermos como será o futuro de diferentes pontos de vista. Nossa discussão é tentar desestabilizar esse método que usamos e começar a pensar alternativas”, explicou.

No último dia de seminário, os professores foram para o laboratório de informática aprender a programar computadores. A ideia surgiu da experiência do escola de Hackers, que desde o ano passado, ensina centenas de alunos a desenvolver competências na área de programação de computadores e raciocínio lógico matemático.

Em 2014, 375 estudantes participaram do projeto piloto. Neste ano, outros 375 alunos participam, além de 20 crianças e adolescentes na Escola de Hackers Avançada – que conta com os participantes que se destacaram na primeira edição, atuando como uma extensão do programa, e 20 crianças no Berçário de Hackers – voltado para crianças entre 5 e 6 anos, que aprendem os primeiros passos na área. A prática aproxima os professores desse espaço tecnológico que oferece infinitas possibilidades, especialmente, para educação.

O secretário de Educação, Edemilson Brandão, observa a recepção dos professores no encerramento do seminário. “A percepção de todos que nos procuram é de que está sendo um excelente momento para discutir essas questões. Atravessamos um momento de se pensar a educação de um modo diferente. Por isso, temos de ter a ousadia de trazer novas possibilidades. Todos os representantes das escolas presentes demonstram compromisso em inovar na educação”, disse.

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