IV Seminário da Educação Infantil refletiu projetos pedagógicos

Objetivando a reflexão sobre a expressão curricular efetivada nas Escolas Municipais de Educação Infantil através de projetos pedagógicos, encerrou nesta quinta-feira, o “IV Seminário da Educação Infantil Municipal: Expressão do currículo no cotidiano escolar”. Promovido pela Prefeitura Municipal via o Núcleo de Educação Infantil, da Secretaria de Educação, ele foi realizado no Igaí Eventos, e reuniu os profissionais das das 26 escolas municipais de educação infantil do município.
Através da apresentação de painéis e posteres, cada escola evidenciou seus trabalhos pedagógicos tendo como foco principal a criança. Os dois dias de evento também contaram com as palestras do psicólogo, Jarbas Dametto, que abordou sobre a ação do educador enquanto problematizador da aprendizagem da criança, considerando a lógica infantil na construção do conhecimento; e da doutora Maria da Graça Souza Horn, que explanou sobre a organização dos espaços na escola de educação infantil.
A coordenadora do Núcleo de Educação Infantil da SME, professora Sílvia Scartazzini, destacou que o seminário foi extremamente positivo, e que dois aspectos podem ser considerados. Um deles foi a possibilidade de teorização, em que os palestrantes permitiram maior profundidade nas reflexões teóricas dos profissionais da educação infantil sobre a ação em projetos de trabalho. Outro aspecto, na sua avaliação, foi a possibilidade de se observar o trabalho dos colegas das outras escolas, visando novas formas de sistematização e de condução da investigação das hipóteses das crianças. Ela destacou ainda sobre a diversidade dos temas e dos materiais utilizados nos projetos.
Painéis
Um dos seis projetos apresentados foi o da Escola de Educação Infantil Cantinho Feliz, do Loteamento Leonardo Ilha, que segundo a diretora Roselise Borchardt, surgiu num dia em que um aluno chamado Ariel, de uma família tradicionalista, levou uma pequena gaita à escola. O objeto despertou o interesse dos demais colegas, surgindo aí, o projeto chamado “A gaita do Ariel”. Ela explicou que as crianças nunca tinham visto um instrumento original tão pequeno, e a partir daí iniciaram uma série de questionamentos sobre o objeto. “Todos queriam brincar com a gaita do Ariel”, disse ela.
Ela explicou que a escola aproveitou o momento e trabalhou em cima do instrumento, fazendo pesquisas sobre os tipos de gaitas, também mostrando vídeos de músicos como Michel Teló e Porca Veia. As atividade com o projeto “A gaita do Ariel” vieram ao encontro com as ações da semana Farroupilha, o que possibilitou a escola de desenvolver uma série de atividades. “Eles inclusive fizeram uma apresentação tradicionalista aos pais”, disse.
Já na Escola de Educação Infantil Siloé Rocha Bordignon, o título do projeto é “Tucanos”, também oriundo dos questionamentos dos alunos, que nos meses de frio, notaram que inúmeros tucanos iam dormir nas árvores do pátio da escola. Segundo a professora do pré, Simone de Fátima Borges Cavalheiro, apenas um aluno acertou o nome do pássaro, sendo que os demais não conheciam um tucano. A partir daí, uma série de ações envolveram os alunos em torno desse animal. “Os autores desse projeto foram as próprias crianças, nós apenas fomos norteando as atividades”, contou ela.