Somente neste ano, foram registrados 20 casos autóctones da doença. As ações de bloqueio com pulverização acontecem nos bairros com casos confirmados

Passo Fundo já notificou 20 casos autóctones de dengue em 2023. O número é um alerta para que toda a população adote as medidas de combate ao Aedes aegypti, vetor da dengue. Paralelamente às ações de conscientização e vistorias em residências, a Prefeitura está trabalhando no bloqueio do mosquito com a pulverização em áreas que tiveram casos confirmados.
Nesta sexta-feira (24), mais uma intervenção de bloqueio foi feita em quarteirões do Bairro Vila Luíza, onde 10 dos 20 casos foram confirmados. O supervisor dos agentes de endemias, Bruno Dias, explicou que essa é uma estratégia imediata quando se torna necessário o combate ao vetor na forma adulta. “Realizamos essa ação para bloquear os mosquitos adultos com um equipamento de pulverização e com a utilização de inseticida na residência dos moradores que tiveram a doença confirmada, nas casas ao lado e num raio que compreende o quarteirão e a frente dos outros quarteirões”, afirmou, enfatizando que o produto é seguro para as pessoas e para os animais domésticos.
Ações de bloqueio foram efetuadas em outros pontos da cidade, nos bairros Vera Cruz, Santa Marta, Centro, Santo Antônio da Pedreira, Santa Maria e Petrópolis. Estes locais também tiveram moradores com resultado positivo para a dengue.
De acordo com a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental, Ivânia Silvestrin, os agentes de endemias continuam vistoriando residências e conversando com moradores sobre os cuidados com a eliminação de possíveis focos e criadouros. “A população deve ajudar estabelecendo o hábito de verificar o pátio das casas e acabando com a água parada. Piscinas devem receber limpeza regular e caixas d’água precisam permanecer tampadas. São ações simples e necessárias”, disse.
Ainda segundo Ivânia, ao longo de todo o ano de 2022, foram registrados 16 casos autóctones de dengue na cidade. O grande número de confirmações nos três primeiros meses de 2023 tem como principal razão o relaxamento das medidas de prevenção. “Precisamos trabalhar para mudar o comportamento da população em relação à água parada e descarte de lixo”, ponderou.
A dengue pode provocar sintomas como dores de cabeça e no corpo, mal-estar, dor no fundo dos olhos e manchas avermelhadas na pele. Por ser uma doença com risco de morte, é fundamental que qualquer suspeita seja notificada e comunicada imediatamente à Vigilância.
Foto: Michel Sanderi