Em Passo Fundo, 3.468 pessoas já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19
Em Passo Fundo, a vacinação contra a Covid-19, iniciou há uma semana. Ao todo, conforme informações da Secretaria de Saúde, de 20 a 27 de janeiro, já receberam a primeira dose da vacina 3.468 pessoas.
Das 4.992 unidades de Coronavac disponibilizadas ao município, 69% delas já foram aplicadas. A expectativa é que toda a remessa seja finalizada até sexta-feira (29).
Além disso, o Município opera com o cenário da AstraZeneca. Nesta semana, foram recebidas 3.200 unidades, que serão destinadas a profissionais de saúde. A previsão é que o lote termine na próxima segunda-feira (1).
A secretária de Saúde, Cristine Pilati, avalia que Passo Fundo conduz a vacinação em um ritmo necessário. “Trabalhamos com cuidado para evitar fraudes e para que possamos proteger a população prioritária: pessoas com mais chances de se infectar e morrer”, considera.
Primeira fase
Neste momento, são vacinados profissionais de saúde, idosos e trabalhadores das Instituições de Longa Permanência (ILPIs) e indígenas aldeados. A primeira fase também compreende idosos com mais de 75 anos e pessoas acamadas em domicílio com 60 anos ou mais.
Conforme Cristine, os grupos prioritários foram definidos pelo Ministério da Saúde e ajustados pela Secretaria Estadual de Saúde, que avalia quais pessoas receberão primeiro as doses. “Cada cidadão precisa aguardar a sua vez”, frisa.
Todos os profissionais que estão ligados ao atendimento da saúde serão vacinados na primeira fase. A previsão, feita a partir de levantamento da Secretaria de Saúde, é que a vacina seja aplicada em aproximadamente 12 mil trabalhadores.
A secretária pontua que a vacinação de todos os grupos da primeira etapa depende do quantitativo de doses disponibilizado aos municípios. “A expectativa do Governo Federal é que, até o fim de fevereiro, a primeira etapa esteja completa. Isso dependerá das remessas de doses encaminhadas”, sinaliza.
Como ocorre a vacinação
Os profissionais de saúde dos hospitais Municipal, de Clínicas, São Vicente de Paulo e Prontoclínica são vacinados por vacinadores das próprias instituições. Os idosos e trabalhadores de ILPIs e indígenas aldeados são vacinados por servidores municipais, que se deslocam até essas populações para aplicar as doses. Atualmente, quatro equipes volantes atendem à demanda.
De acordo com Cristine, a Secretaria de Saúde coordena a vacinação, acompanhando a aplicação das doses. “Todos os vacinadores estão subordinados à Vigilância, que verifica e audita o processo”, enfatiza.
Atenção a fraudes
Em se tratando dos hospitais, as doses são enviadas pela Secretaria de Saúde após o recebimento de lista com o nome, função e número do CPF de cada profissional. No caso das ILPIs, há uma dupla checagem para evitar fraudes. Uma relação de todas as pessoas que serão vacinadas, contendo nomes, números dos CPF e dos cartões SUS, é enviada pelas instituições e conferida pela Secretaria. Depois, durante a vacinação, é feita uma nova verificação dos dados.
Todas as informações são enviadas ao sistema nacional que trata do plano de imunização para serem conferidas. Em locais em que há acesso à internet, o encaminhamento é realizado em tempo real. Nas situações em que não há essa possibilidade, os elementos são enviados posteriormente, a partir da unidade de saúde mais próxima. “Nas unidades remotas, como é o caso das ILPIs, não há como fazer a conferência em tempo real. Quaisquer tentativas de fraude serão notificadas ao Ministério Público e à Polícia Civil para que haja apuração”, destaca Cristine.
A secretária também reforça a importância de a população auxiliar na fiscalização e denunciar, por meio da Ouvidoria do Município, suspeitas de fura-fila. “Isso nos ajudará a controlar e priorizar quem precisa da vacina”, afirma.