Em 2018, das 189.355 consultas ofertadas, 58.276 não foram realizadas pela falta dos pacientes

O teleagendamento é um sistema disponibilizado pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Passo Fundo para o agendamento de consultas através de sistema integrado entre as unidades de saúde e a secretaria. A intenção é evitar filas e a necessidade de deslocamento dos pacientes.
Em 2018 foram ofertadas 189.355 consultas entre as áreas de responsabilidade do município e o convênio da Prefeitura com o ambulatório da UPF para cobrir as demais especialidades. Do montante, foram realizadas 128.289 consultas, o que resulta na ausência em 58.276 consultas, um percentual de 30,78%.
A secretária de Saúde, Carla Crivellaro Gonçalves explica que, além das áreas que são de responsabilidade do município, com especialidades básicas, a Prefeitura mantém um convênio com o ambulatório para ofertar especialidades que competem ao estado. “Pelas dificuldades em conseguir consultas com especialistas providos pelo estado, fechamos esse convênio com a UPF a fim de que o município também possa ofertar isso e colaborar com o fluxo de atendimento”, explicou.
Nas áreas ofertadas pelo município a falta dos pacientes em consultas chegou a mais da metade e psicologia (51%), clínica médica (28%), pediatria (31%), ginecologia (33%), odontologia (49%), fisioterapia (27%), nutrição (61%), fonoaudiologia (35%). Das 167.261 consultas ofertadas houve ausência em 52.371, o que resulta em 38%. Já nas consultas disponibilizadas via convênio com o ambulatório da UPF, a ausência é de 5.905 dentre as 22.094 consultas ofertadas, o que representa 23,53%. As consultas com especialistas que os pacientes mais faltam são: dermatologista (38,41%), pneumologista (38,29%), endocrinologista (33,35%), psiquiatra (31,18%) e oftalmologista (27,04%).
“Temos um percentual alto de ausência da população em consultas, o que é preocupante. Essa ausência tira o lugar de outra que pessoa que está precisando muito de uma consulta, além de causar prejuízos tanto de tempo quanto financeiro às equipes e ao investimento feito em saúde”, destaca Carla.
Como funciona o fluxo para agendamento:
- O paciente é atendido em uma unidade de saúde do município por um médico clínico, o qual identificará a necessidade de encaminhamento para algum especialista;
- Com o encaminhamento em mãos, o paciente vai até o balcão da mesma unidade e é inserido no sistema de teleagendamento;
- A partir do encaminhamento a consulta será de profissionais do município ou de responsabilidade do estado via sistema de regulação, em que é gerado um comprovante de solicitação de consulta;
- Os técnicos da central recebem o pedido e fazem o gerenciamento das vagas para as consultas, seguindo a ordem de recebimento;
- Após agendada a consulta são realizadas ligações para avisar o paciente do agendamento de sua consulta, data, hora e local.
As unidades de saúde também utilizam o teleagendamento para organizar as suas agendas locais. É importante que a comunidade informe e mantenha o telefone atualizado, devido a números que não existem ou não atendem.
(Foto: Arquivo/PMPF)