Observatório Econômico aponta crescimento da economia criativa em Passo Fundo em 2025

Setor de arte, cultura, esporte e lazer registrou aumento de 64,9% nas novas empresas abertas entre janeiro e agosto

O Observatório Econômico da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Passo Fundo, a partir de dados da Receita Federal, apontou que a economia criativa do município vive um momento de forte expansão em 2025. Entre janeiro e agosto, foram abertas 61 novas empresas ligadas às atividades de arte, cultura, esporte e lazer, frente a 37 no mesmo período de 2024 – um crescimento de 64,9%.

No cenário estadual, o Rio Grande do Sul registrou 2.233 novas empresas no setor. Nesse contexto, Passo Fundo aparece em 5º lugar entre os municípios gaúchos com maior número de aberturas, consolidando sua posição como polo emergente da economia criativa.

Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, Adolfo de Freitas, reforçou o papel das políticas públicas e do empreendedorismo local. “Esse crescimento mostra a confiança do empreendedor em Passo Fundo e a efetividade das nossas políticas de incentivo. Arte, cultura, esporte e lazer não apenas transformam a vida das pessoas, mas também movimentam a economia e criam novas oportunidades para todos”, declara Freitas.

Os dados revelam a diversificação do setor no município. Entre os destaques, estão a produção musical, com 17 novas empresas (+88,9%), as atividades de sonorização e iluminação, com 6 empresas (+100%), e a produção de espetáculos de dança, com 2 empreendimentos (+100%). Novos nichos também surgiram, como a restauração de obras de arte (5 registros), discotecas e danceterias (4 registros) e a exploração de jogos eletrônicos recreativos (1 registro). No campo esportivo, a gestão de instalações para práticas esportivas teve aumento de 300%, passando de 1 para 4 empresas, o que demonstra maior demanda por serviços voltados à organização de atividades físicas.

Além da diversidade, o perfil empresarial mostra a força do microempreendedorismo. Das empresas abertas, 91,8% são Microempresas (ME) e 8,2% são Empresas de Pequeno Porte (EPP). Isso reforça a importância dos pequenos negócios como motores da economia local, gerando renda, inclusão produtiva e dinamismo em diferentes bairros da cidade.

O levantamento também evidencia a dispersão geográfica desse movimento. O Centro lidera as aberturas, com 19 registros, seguido pelos bairros Boqueirão (7) e São Cristóvão (6). Regiões como Annes, Santa Marta e Vera Cruz registraram 4 novos negócios cada, enquanto Petrópolis, Roselândia, São José, São Luiz Gonzaga, Vila Luíza e Vila Rodrigues somaram 2 cada, comprovando que o fortalecimento da economia criativa se espalha por toda a cidade.