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Passo Fundo deu mais um passo rumo ao desenvolvimento sustentável e à inovação tecnológica. Em um movimento estratégico para atrair investimentos e impulsionar a economia local, a Prefeitura firmou, nesta terça-feira (22), […]
Passo Fundo deu mais um passo rumo ao desenvolvimento sustentável e à inovação tecnológica. Em um movimento estratégico para atrair investimentos e impulsionar a economia local, a Prefeitura firmou, nesta terça-feira (22), um protocolo de intenções com a Begreen e a Fundação Universidade de Passo Fundo (UPF) para a instalação de uma fábrica de amônia verde. A cidade torna-se a primeira do estado a atrair uma empresa do setor e a primeira do Brasil a ter um HUB neste formato.
Com um investimento previsto de aproximadamente R$ 50 milhões, o projeto prevê a construção de uma planta industrial dentro do campus da UPF, utilizando tecnologia de ponta para produzir amônia a partir do hidrogênio verde. As obras deverão iniciar até o fim deste ano.
Para o prefeito Pedro Almeida, o projeto representa um marco histórico para a cidade. "Estamos falando de um investimento que combina inovação, sustentabilidade, pesquisa e geração de empregos. Esse HUB vai ao encontro do desenvolvimento e é um símbolo do futuro que queremos para Passo Fundo", afirmou.
A partir de agora, o protocolo passará pelos trâmites legislativos e ambientais necessários para a viabilização completa do empreendimento.
Incentivos e contrapartidas
A iniciativa faz parte do Programa de Fomento ao Desenvolvimento Econômico da Prefeitura, instituído pela Lei nº 5.704/2023 e pelo Decreto nº 12/2023, que permite a concessão de incentivos fiscais e econômicos para projetos estratégicos.
Em contrapartida, a empresa compromete-se a processar duas mil toneladas de amônia verde por ano, com um faturamento estimado de R$ 40 milhões anuais, gerando retorno em tributos como ICMS, ISS e outros. Além disso, o protocolo prevê investimentos em treinamento de profissionais e ações de responsabilidade social na região.
O diretor de Tecnologia e Operações da Begreen, Luiz Paulo Hauth, destacou a importância do investimento. “Teremos aqui em Passo Fundo uma empresa escola. Vamos desenvolver, fazer pesquisa e muita inovação. Temos que agradecer à Prefeitura por acreditar”, disse.
O projeto também foi contemplado pelo Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hidrogênio Verde no Rio Grande do Sul (H2V-RS), através de um edital que integra a estratégia de descarbonização lançada pelo Governo do Estado.
Parceria com a UPF
A escolha do local para o empreendimento — uma área pertencente à Fundação Universidade de Passo Fundo — reforça o papel da universidade como parceira estratégica no fomento à inovação e ao desenvolvimento regional. A expectativa é que a proximidade com o ambiente acadêmico também estimule a formação de profissionais qualificados e o desenvolvimento de pesquisas na área de energias renováveis.
“Estamos avançando em direção a um projeto de sustentabilidade e que significa também que estamos desenvolvendo ciência. A gente vê a inovação nascendo”, pontuou a reitora da instituição, Bernadete Dalmolin.
