Empresários vão integrar o Pólo de Informática

Empresários vão integrar o Pólo de Informática

A partir da reunião de terça-feira, na ACISA, provocada pelo Conselho de Desenvolvimento de Passo Fundo, sob a presidência do empresário João Beine, ficou deflagrado na comunidade empreendedora o projeto do pólo tecnológico. O prefeito Airton Dipp esteve presente à reunião de trabalho e explicou a forma de participação da Prefeitura, iniciadora do empreendimento, que terá participação indutora no processo de desenvolvimento da idéia, para alavancar meios e recursos públicos federais. Sintetizou dizendo que a administração municipal está formando o suporte para o Pólo de Informática e que gradualmente deverá afastar-se de sua administração, na medida em que a iniciativa privada estiver em condições de assumir o empreendimento.
Na exposição sobre a formação do pólo de software de exportação o especialista e doutor em engenharia de sistema, Roberto Tom Price, contratado pela municipalidade pra estruturação do projeto, informou sobre as previsões na agregação de valores. Citou que “o objetivo do esforço da prefeitura é dar condições às empresas, de trabalharem juntas em sinergia para trazer projetos maiores e desenvolver sistemas em Passo Fundo”. Para o doutor Price, o pólo emprega programadores e projetistas de um sistema, oportunizando também aos técnicos treinados pelo Senai com esse perfil. “As empresas venderão mais, juntos com o desenvolvimento para estruturação desse pólo, a fim de buscarem recursos federais e regionais; tornar-se-ão mais competitivas e melhor gerenciadas”, orientou o professor Tom Price.
O empresário Aléxis Rockembach, dono da empresa de software – Compasso, ilustrou a projeção com a possibilidade concreta de tornar o investimento participativo no mercado regional e internacional, ao lembrar que a UPF fornece engenheiros para a produção.
Novo conceito
O secretário do Desenvolvimento Econômico do Município, advogado Marcos Cittolin, que coordena o projeto, disse que Passo Fundo se insere nesse novo contexto de desenvolvimento. “Nós, na verdade, não estamos inventando, é conceito que no mundo inteiro tem se estabelecido. É uma associação de interesses onde o poder público participa desse primeiro momento como órgão alavancador”, explica Cittolin. Num segundo momento se criou uma instituição, entidade sem fins lucrativos, que faz o gerenciamento num processo de aproximação de empresas de software e a indústria que dele se beneficia. Define como momento onde todos os interesses se juntam para poder disputar o mercado local, principalmente o internacional, com recursos da iniciativa privada, mas também com recursos públicos do município. A iniciativa serve-se dos incentivos da lei de desenvolvimento tecnológico do município, aprovada no final do ano passado “buscando recursos federais junto ao Finepe e Bndes”, destacou o secretário Marcos Cittolin. Define o empreendimento como um distrito industrial sem chaminé, “onde se está produzindo conhecimento, onde o produto é o software, programa de computador que se torna solução para a empresa; e é dinheiro. É o que as empresas hoje buscam, na informatização para melhoria de seus procedimentos” expressou-se o secretário. Concluiu dizendo estar convicto de que damos o mais importante passo no desenvolvimento do perfil de nossa cidade e que muitas empresas desenvolvem essa nova tecnologia no município. Entende, ainda, que o poder público cumpre sua parte ao dar “o ponta pé inicial” para que se consolide o pólo de informática em Passo Fundo.
A prefeitura tem área locada para o projeto e já pagou a consultoria e agora tem o conselho de Desenvolvimento que passa a fazer parte do processo. Nesta quita-feira Cittolin vai a Brasília para encaminhar pedido de recursos federais, com a colaboração do deputado Beto Albuquerque.


Prefeito Airton Dipp.



Secretário Cittolin.

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Atualizado em 16 de março de 2005.