Autor: mosite

Uma equipe da secretaria municipal do Meio Ambiente, liderada pelo titular da pasta, Clóvis Alves, esteve em Chapecó, Santa Catarina, esta semana, conhecendo projetos ambientais possíveis de serem implantados em Passo Fundo. A estrutura do Viveiro Municipal e a Central de Recebimento de Resíduos Industriais daquele município foram conhecidas.

Para Clóvis Alves, no viveiro foram avaliadas técnicas de produção de sementes e plantas e adubo orgânico, entre outros. As experiências poderão ser usadas no viveiro de Passo Fundo, que está sendo reestruturado, no bairro São José. Na próxima semana, o viveiro já receberá novas cercas e deverá iniciar a construção de um pavilhão.

RESÍDUOS

Aproveitando a estada em Chapecó, o secretário Clóvis Alves e equipe conheceram a Central de Resíduos Industriais, Cetric, que recebe pilhas, lâmpadas e baterias. Segundo Alves, é possível que Passo Fundo também implante projeto semelhante, uma vez que esse é um dos principais problemas existentes hoje no município e região.

O secretário observou que a implantação de um local para receber esses resíduos, pode ser mais um atrativo para a instalação de empresas em Passo Fundo, assim como vai baratear o custos das já instaladas no município. Essas precisam pagar para enviar resíduos  a Chapecó ou à empresas da grande Porto Alegre.    

Passo Fundo pode ter uma fábrica de ecodutos, tubos para redes de esgoto, feitos a partir de pneus usados. Para conhecer essa tecnologia, o  secretário de Meio Ambiente do município,  Clóvis Alves esteve em  Pelotas, junto com servidores da secretaria.

Na oportunidade o  grupo foi recebido pelos empresários Fernando Caetano e Antonio Cesar Santos, que detalharam a nova  tecnologia já utilizada naquele município. Depois, mostraram o processo de montagem dos ecodutos, bem como os locais onde já foram instalados.

Conforme Clóvis Alves, o ecoduto é composto por pneus inservíveis, compactados e amarrados uns aos outros onde podem ser aproveitados para o uso de escoamento de águas pluviais e esgoto cloacal, sendo que  alem  de possuir uma durabilidade maior que os tubos de concreto possui valor 70% a menos. O secretário ficou entusiasmado com o que viu, afirmando que se tudo der certo,  “ poderemos fechar o ciclo dos resíduos como os pneus, dando uma destinação eficiente e ambientalmente correta para estes resíduos e ainda contribuindo para o saneamento básico.”

Alves ressaltou que nos próximos dias estará  discutindo com as secretarias de Obras e Codepas, a viabilidade de Passo Fundo também aplicar essa inovadora tecnologia.

A discussão do problema da proliferação de cães nas ruas da cidade foi motivo de reunião no gabinete do prefeito municipal Airton Lângaro Dipp. O encontro reuniu várias entidades do município e secretarias da Prefeitura, além de ser acompanhado pelo Ministério Público, através do promotor de Justiça Paulo Cirne.

Na tentativa de solucionar o problema, o prefeito Dipp solicitou a criação de uma comissão presidida pela Secretaria de Meio Ambiente (Smam), e pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente, com objetivo de definir uma política municipal de controle da proliferação, para se realizar um projeto piloto de castração em massa.

O secretário de Meio ambiente, Clóvis Alves, destacou que o ambulatório da Secretaria do Interior (Secrint), está sendo reformado e ampliado através de uma verba de R$ 20 mil recebida do conselho Municipal de Meio Ambiente. A estrutura que já existe, só possibilita o atendimento de animais de grande porte. “Também colocamos ao prefeito a necessidade da contratação de um veterinário especialista em animais de pequeno porte”, disse o secretário.

A presidente do CAPA(Clube de amigos e Protetores dos Animais), Zulma Marques, ressaltou que o primeiro passo é efetivar o ambulatório com uma estrutura que possibilite serem realizadas pequenas suturas e castrações. “Depois precisamos conseguir as devidas parcerias para iniciar esse projeto”, disse Zulma. A obra do ambulatório deve ficar pronta em 60 dias.

O viveiro Municipal Chico Mendes, localizado no bairro São José, em Passo Fundo, está sendo totalmente reestruturado. A atual administração, através da secretaria do Meio Ambiente, pretende transformar aquele local num espaço de atividades ecológicas, estudo e até de  formação de mão de obra.

Instalado em uma área de 9 mil m2, na esquina das ruas Guilherme Boor e Fernando Ferrari, o viveiro está recebendo uma moderna estufa para a produção de mudas. Com 300 m2, ela terá inclusive sistema de irrigação, aproveitando água da chuva e de nascentes que existem nas proximidades, explicou o secretário Clóvis Alves, ao inspecionar os trabalhos. Conforme ele, o local também será cercado, com muro de concreto, além de ganhar um pórtico de entrada.

O viveiro, que iria mudar de localização, mas foi mantido no bairro São José a pedido da comunidade, terá capacidade para produzir nessa estufa automatizada, até 60 mil mudas por ano. A proposta é de que além de mudas de árvores nativas,  também seja iniciada a produção de flores, relatou Alves, ressaltando que inicialmente elas são destinadas a doações para projetos de entidades públicas, como escolas. Porém, à medida em que a estrutura for avançando, a prefeitura poderá passar a vender parte das mudas, “para dar sustentabilidade ao viveiro”, observou o secretário.

No viveiro Chico Mendes também deve funcionar um horto medicinal, relatou Clóvis Alves, ao mesmo tempo em que o local deverá servir para visitas e estudos de alunos das escolas da cidade. Também se pensa em oferecer cursos de jardinagem e horticultura para interessados e menores infratores, informa Alves. A equipe do viveiro, completa, também estará sendo capacitada para dar palestras com orientações e cuidados no plantio, para as comunidades interessadas. “Teremos um verdadeiro laboratório ambiental”, comemora o secretário.

Um galpão de 200 m2 também será construído na área, para servir como depósito de equipamentos e materiais. Igualmente deverão ser realizadas parcerias com universidades e entidades do município, para o desenvolvimento de projetos conjuntos na área ambiental, acrescentou Clóvis Alves.  O secretário de Meio Ambiente acredita que no máximo em 90 dias toda a estrutura esteja pronta e o viveiro operando em plena capacidade. 

A produção de aquecedor solar e  equipamento de som a partir de material reciclável, foi ensinada a alunos de 30 escolas de Passo Fundo, durante todo o dia de ontem. Eles participaram do Encontro Infanto-Juvenil de Educação Ambiental, na Reserva Maragato.

A programação fez parte do projeto Abril Ambiental, que se desenvolve desde o início do mês em Passo Fundo, envolvendo diversas entidades ligadas à preservação do meio ambiente, como a secretaria Municipal do Meio Ambiente, Promotoria de Justiça, Batalhão Ambiental e Conselho Municipal do Meio Ambiente, entre outras. Ontem, durante todo dia, estudantes de 18 escolas estaduais, 9 municipais e 3 particulares, aprenderam técnicas de como aproveitar material que normalmente vai fora. Além disso, ouviram palestras sobre a importância da preservação de natureza.

Entre as oficinas desenvolvidas, esteve a produção de um aquecedor solar com garrafas pet, caixas de leite tetrapark e canos de PVC, onde os estudantes descobriram como esquentar água com a luz do sol e economizar energia elétrica. Esse projeto deve ser espalhado por estabelecimentos de ensino da cidade, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Clóvis Alves. A atividade foi desenvolvida em conjunto com o Grupo Ecológico Guardiões da Vida. Com material reciclável, outro grupo fez um instrumento musical, enquanto que outros aprendiam diversas técnicas.

Durante o encontro, a promotoria de Justiça que cuida do Meio Ambiente, através do promotor Paulo Cirne, fez a entrega de uma caminhonete avaliada em cerca de R$ 90 mil para o Batalhão Ambiental da BM, representada pelo comandante Major Cruz.  O abril ambiental prossegue no fim da próxima semana, com atividades na UPF e Teatro Municipal.

A administração municipal, através da secretaria do Meio Ambiente, promoveu ontem (14) um mutirão de limpeza no bairro Bom Jesus. Ao mesmo tempo foi realizada uma campanha de casa em casa, para conscientizar os moradores da importância de separar e colocar o lixo adequadamente.

Os trabalhos foram coordenados pelo secretário Clóvis Alves, que explicou aos moradores da importância de acondicionar o lixo corretamente, para que os garis possam efetivar o recolhimento. Até ontem, o caminhão do lixo não passava em um beco existente na rua São Roque, uma vez que não era costume das pessoas colaborarem para o recolhimento.

Depois que uma sanga, onde era jogado o lixo, foi limpa, pelo pessoal da secretaria com apoio da associação de moradores, foram percorridas diversas casas. Alves e equipe explicaram que a limpeza é uma questão de saúde pública, além de preservar o meio-ambiente. Como os moradores se comprometeram a colaborar, a partir de hoje o lixo será recolhido também naquele  beco onde antes não ocorria. Se o caminhão não conseguir entrar devido ao pouco espaço, os garis irão a pé fazer o recolhimento, observou Clóvis Alves. Outras ações como essa deverão ser desenvolvidas em outros pontos da cidade, completou o secretário do Meio Ambiente.    

O secretário municipal do Meio Ambiente, Clóvis Alves, esteve em Brasília, onde apresentou ao deputado federal Beto Albuquerque diversos projetos, no sentido de conseguir recursos com o governo federal, para essas ações. Conforme Alves, o parlamentar prometeu apoio às propostas e inclusive já tem um projeto na área de preservação ambiental.

Foram apresentados projetos na área de resíduos e saúde animal, como a possibilidade de se criar um canil municipal. Também foi tratada a questão hídrica, onde Clóvis Alves solicitou recursos para a preservação das nascentes de vários rios que começam na região, principalmente na localidade de Povinho Velho. Ali, conforme o secretário, nascem os rios Passo Fundo, Alto Jacuí, Várzea, Apauê e Taquari-Antas, “locais de grande potencial hídrico e que merecem ser preservados”, assinalou.

Na conversa com o parlamentar, o secretário soube que Albuquerque está encaminhando aos ministérios das Cidades e Meio Ambiente, um projeto chamado de ‘Ecotubo”, pelo qual as redes de esgoto pluvial poderão utilizar pneus no lugar dos atuais tubos. Hoje o acúmulo de pneus é grande no Ecoponto de Passo Fundo e o projeto, se aprovado, vai proporcionar economia para os cofres municipais.

Clóvis Alves também participou em Brasília do seminário sobre pagamento por serviços ambientais, quando foi elaborada proposta de projeto de lei nesse sentido,  que deve ser encaminhado ao Congresso Nacional.     

Passo Fundo está presente no Seminário Nacional sobre  Pagamento de Serviços Ambientais, organizado pela secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, que acontece em Brasília. Participam o secretário municipal do Meio Ambiente, Clovis Alves e o presidente do Grupo Ecológico Guardiões da Vida, Glauco Polita, que representa o Conselho Municipal do Meio Ambiente.

Eles são os únicos representantes do Rio Grande do Sul, no evento que  reúne representantes de todo o Brasil, tendo como principal enfoque, dividir experiências sobre aspectos positivos e negativos dos Estados, com relação ao pagamento por serviços ambientais, ou seja, pagar para quem preserva os recursos naturais.
   
Conforme o secretário Clóvis Alves, tratam-se de experiências como o caso do ICMS Ecológico, realidade hoje em 15 Estados do Brasil, inclusive o Rio Grande do Sul. Acrescentou que “no seminário, teremos a oportunidade de elaborar um texto base, com a contribuição de todos os representantes presentes, o qual irá ser apresentado ao Congresso Nacional para aprovação do projeto de lei, criando em nível federal, incentivos para a conservação ambiental” . O encontro termina nesta quarta-feira.