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Relançado nesta quarta-feira (02), o programa tem como objetivo reduzir o acolhimento institucional de crianças e adolescentes, permitindo que eles sejam cuidados e protegidos por famílias. A meta é ultrapassar 20 famílias inscritas
O programa Família Acolhedora foi implementado pelo Município em 2013 como uma alternativa de reordenação do serviço de acolhimento de crianças e adolescentes. A fim de ampliar o número de famílias inscritas, nesta quarta-feira (02), a Prefeitura iniciou uma mobilização com o relançamento da iniciativa, que terá um investimento maior.
De acordo com o prefeito Pedro Almeida, o Município busca potencializar o programa e reduzir o acolhimento institucional. “A preocupação do município é com o acolhimento e o atendimento das crianças retiradas de seus núcleos familiares de origem, e este projeto de assistência social tem um impacto direto e positivo na vida das crianças. O programa Família Acolhedora promove uma política pública de acolhimento e, mais que isso, permite que famílias recebam essas crianças e possam cuidar delas. É um trabalho, eu diria, de entrega, de amor e que transforma. Chegamos a ter quatro casas de acolhimento institucionais e, hoje, temos apenas duas, o que mostra que estamos conseguindo atingir essas metas”, disse.
O secretário de Cidadania e Assistência Social, Rafael Bortoluzzi, considerou que o programa terá alterações na estrutura com o objetivo de que Passo Fundo ultrapasse 20 famílias acolhedoras, disponibilizando um subsídio financeiro mais elevado. “O Município fornecerá um salário e meio às famílias para garantir os cuidados das crianças acolhidas para que mais famílias tenham a possibilidade de recebê-las e dois salários para os casos de crianças com deficiência. Quando falamos em famílias acolhedoras, precisamos lembrar que elas estão inseridas nos projetos sociais do Município e as crianças estão sendo atendidas pelos técnicos da nossa secretaria para que tenham uma oportunidade de sair do estado de vulnerabilidade em que se encontram”, mencionou.
A secretária-adjunta da pasta, Elenir Chapuis, destacou que o programa é um compartilhamento de responsabilidades para garantir a proteção de direitos das crianças e adolescentes. “As famílias oferecem cuidado, afeto e amor, durante esse período em que estão em acolhimento. Então, ao invés de elas irem para as casas de acolhimento, ficam sendo cuidadas pelas famílias. O Município faz esse investimento, repassando um subsídio para que as famílias possam atender às necessidades das crianças, possam proporcionar um ambiente adequado para o cuidado protetivo enquanto elas aguardam a definição do seu processo judicial”, destacou.
O promotor da Infância e Adolescência de Passo Fundo, João Paulo Bittencourt Cardozo, enalteceu os esforços do Município para ampliar o número de famílias acolhedoras. “Encontrar famílias é um desafio. Não tem outro município que pague tanto como Passo Fundo para as famílias. Se tivermos 20 famílias para dar para as crianças o que elas precisam para o desenvolvimento cerebral, pessoal e social neste período crucial das suas vidas, será uma grande conquista para a cidade”, ponderou.
Exemplo de amor
O relançamento do programa contou com a participação de uma das famílias acolhedoras de Passo Fundo. Angelita e Paulo Alceri Sutili compartilharam a experiência que tiveram. “Sempre tivemos um espírito de colaborar e ajudar. Essa era uma atitude que trazíamos no coração há muito tempo e que foi feita com muito amor. Temos dois filhos adultos e revivemos o tempo de quando eram pequenos. A bebê foi nossa filha e a tratamos com muito amor, sem nenhuma diferença, para que ela se sentisse amada e segura. Foi uma experiência muito boa, que pretendemos fazer novamente”, contou ela.
Além de família acolhedora, Angelita e Paulo foram escolhidos para serem padrinhos da menina que acolheram de forma temporária. Eles seguirão presentes em sua vida. “Para as famílias que estão pensando em fazer, tenham coragem. É possível fazer”, enfatizou ele.
Quer conhecer o programa Família Acolhedora
Se você tem interesse em saber mais sobre o programa Família Acolhedora, a Secretaria de Cidadania e Assistência Social está disponível para auxiliar, explicando o funcionamento, critérios para participação, documentação, entre outros pontos. “Basta buscar a secretaria, que nós temos um setor próprio para fornecer todas as informações necessárias”, pontuou Bortoluzzi.
A Secretaria de Cidadania e Assistência Social fica na Rua Morom, 2022, Centro. O telefone para contato é o (54) 3312-3070.
Fotos: Michel Sanderi
