Prefeitura intensifica limpeza do Rio Passo Fundo

Prefeitura intensifica limpeza do Rio Passo Fundo

Em cada trecho, em cada curva, os encarregados de limparem o Rio Passo Fundo têm tido surpresas. O trabalho, que começou no bairro Petrópolis, já percorreu cerca de um quilômetro e está atualmente na vila Annes. Depois, o trabalho será feito na vila Victor Issler e terá seu ponto final, no Zacchia, quando toda a limpeza deverá ser reiniciada em atividade rotativa, desenvolvendo-se até o final da Administração Dipp-Corrallo.

Conforme diz a secretária do Meio Ambiente, Janaína de Oliveira, sofás, geladeiras, fogões, tapetes, teclado de computador, esqueletos de bicicletas e motos, pneus, colchões, roupas, animais mortos, madeira, sacos plásticos e embalagens fazem parte da variedade dos achados no rio. Em determinados trechos é uma verdadeira cloaca, devido aos esgotos escoados de vários pontos da cidade.

Além disso, estão sendo achadas tubulações camufladas de empresas, entidades e residências que despejam esgoto “in natura” no rio.

Os encarregados de limpar o rio, diariamente percorrem trechos e, com ganchos, içam o lixo das águas turvas . Além do odor dos esgotos e dos produtos químicos, estes trabalhadores têm que resistir aos mosquitos, que em certos dias os impedem de continuar trabalhando. Eles também se cuidam das cobras que por ali habitam, variadas e em grande quantidade. Os peixes, também, resistem com bravura à impropriedade do local, são milhares, alguns de grande porte, que sobrevivem e que principalmente na época da “piracema” mostram-se em cardumes intermináveis. Os técnicos da Secretaria do Meio Ambiente já podem afirmar que temos dois rios; um até a rodoviária, livre do esgoto, outro depois, poluído por coliformes fecais, uma cloaca.

A poluição do rio não é causada pela população que mora nas suas margens, constatam os funcionários da secretaria; a poluição vem dos esgotos da cidade, de pessoas que largam seu lixo e de empresas que, por economia ou descaso, não dotam seus estabelecimentos de infra-estrutura adequada e acham mais simples e barato largar tudo dentro do rio. A secretária Janaína de Oliveira e sua equipe, têm se empenhado, por isso, em fazer campanhas educativas neste sentido. “Tudo deve começar na escola. Os que poluem, deviam ver no local o que se passa no rio. O maior exemplo aconteceu com os alunos de um dos maiores educandários da cidade, que foram plantar mudas nas margens e que ficaram assustados pela quantidade e variedade de dejetos que são lançados no rio que atravessa a cidade e que é fonte de captação para a água que bebemos. Esta conscientização, deveria ser ensinada desde a primeira idade, nos bancos escolares, o que não ocorre,” concluiu a Secretaria do Meio Ambiente, Janaína de Oliveira.

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Atualizado em 18 de outubro de 2005.