Espaços públicos inclusivos buscam acessibilidade

A legislação municipal foi revisada para que as novas calçadas e edificações atendam norma

No Dia Mundial da Acessibilidade, dia 5 de dezembro, avanços e desafios pautam todos os municípios. A mudança no entendimento da inclusão social trouxe a necessidade de que as cidades e suas estruturas sejam adequadas ao uso de todos, partindo do conceito de que um espaço que não é acessível é um espaço deficiente. Em 2017, quando Passo Fundo comemora 160 anos de emancipação, a temática da acessibilidade se torna ainda mais presente.

Apesar de ser um conceito colocado em prática há pouco tempo – décadas atrás a pessoa com deficiência não era incluída na vida social como um todo, a acessibilidade ganha voz atualmente. A Prefeitura de Passo Fundo tem o entendimento de que a cidade é para todos e vem trabalhando constantemente em ações e projetos que buscam equacionar a deficiência na acessibilidade, criando projetos de inclusão de todos, deficientes, idosos, crianças, homens e mulheres. “A criação de parques com acessibilidade como o do Banhado da Vergueiro e o da Gare são exemplos desse cuidado. Também as reformas de praças como a Tochetto, que recebeu rampas, adequações nos passeios e implementação de calçadas acessíveis, são importantes. Além disso, bairros que recebem investimentos do PAC demostram essa visão”, destacou a secretária de Planejamento, Ana Paula Wickert.

A legislação municipal foi revisada para que as novas calçadas e edificações atendam integralmente a norma de acessibilidade, buscando que a cidade aos poucos vá se tornando cada vez mais inclusiva. Segundo Ana Paula, mesmo que os desafios sejam grandes, as políticas públicas se firmam cada vez mais para mudar o cenário. “O passivo histórico para solucionar o problema da acessibilidade é imenso, a grande maioria dos prédios públicos foi construída em uma época em que o tema não era sequer abordado. Porém, as ações de transformação desta realidade são tratadas como uma importante política pública, permeando todas as ações da Prefeitura”, explicou a secretária de Planejamento.

Para o presidente do Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência (COMPEDE), Fábio Flores, a acessibilidade para pessoas com deficiência é de extrema importância para que elas possam ir e vir com autonomia. “Passo Fundo teve alguns avanços, mas ainda engatinha na questão da acessibilidade. Temos a implantação do piso tátil, das sinaleiras sonoras, que ainda está em fase inicial, e os parques acessíveis. Uma cidade que cuida das pessoas e é educadora precisa garantir o direito de ir e vir. Precisamos ouvir mais as pessoas que passam por problemas de acessibilidade para ficar mais próximo do que é necessário”, ressaltou ele.

A assistente social da ACD, Carine Silveira, também nota as mudanças e pede atenção para o tema. “Fizemos uma visita ao Parque Ambiental Banhado da Vergueiro em que foi possível perceber a acessibilidade, assim como outros locais estão se adaptando na medida do possível. A pessoa com deficiência enfrenta muitas dificuldades, não só na estrutura, mas na comunicação também. A evolução deve ser constante. Acreditamos que cada vez mais as pessoas devem ter consciência e se colocarem no lugar do outro”, finalizou.

O respeito à sinalização na cidade é parte importante neste cenário, assim como a conscientização de toda a sociedade. A população deve ter cuidado para não utilizar vagas destinadas ao estacionamento para pessoas com deficiências, não bloquear rampas de acesso e sempre respeitar a legislação vigente para que o direito de ir e vir seja assegurado. Outro ponto que se destaca é a manutenção das calçadas – responsabilidade do proprietário – com o uso de material adequado e inclinação correta.

(Fotos: Arquivo PMPF)

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Atualizado em 5 de dezembro de 2017.