Nos vemos em 2019! #17jornada

A próxima celebração da literatura já tem nova data marcada

A união de esforços e a determinação de muitos envolvidos permitiram a retomada das Jornadas Literárias de Passo Fundo em 2017. A superação de diversos obstáculos também serviu de estímulo para a confirmação da próxima edição, em outubro de 2019.  Essa foi a tônica dos discursos das autoridades que estiveram presentes durante o encerramento da 16ª Jornada Nacional de Literatura e a 8ª Jornadinha Nacional de Literatura, na noite de sexta-feira (6/10).  A noite também foi marcada pelas homenagens àqueles que ajudaram a tornar realidade o sonho da volta das Jornadas Literárias. A vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários  da UPF, Bernadete Maria Dalmolin, e o secretário de Cultura, Pedro Almeida, declamaram o poema ";Milágrimas";, de Alice Ruiz, para dar início aos agradecimentos.

Com a deixa, os coordenadores da Jornada, Fabiane Verardi Burlamaque  e Miguel Rettenmaier, destacaram a coletividade das muitas mãos que ajudaram a fazer a Jornada. ";Hoje, iremos um pouco além da esperança, iremos à importância do gesto singelo, da amizade incondicional, do comprometimento sem contrapartida. Falamos do milagre que acontece pela mão de muitos justos. O milagre de mais uma Jornada realizada e de uma cidade jornalizada";, disseram.

Foram reunidos em torno de 20 mil jovens leitores nos espaços Suassuna, Lendas Brasileiras - Clarice Lispector e Drummond. Diariamente, 2 mil pessoas foram reunidas nos Palcos de Debates discutindo linhas temáticas que provocaram reflexões. Os projetos transversais Caminho das Artes e Leituras Boêmias, além das Estações de Leitura, foram lembrados por levar a Jornada aos bairros, em toda a cidade. ";Na tradição hebraica, há 36 justos, ou pessoas significadas, cujo papel na vida é justificar a existência da raça humana. São benfeitores anônimos a quem cabe mover vida sem qualquer ambição de reconhecimento, são singelos e sagrados, humildes e indispensáveis. A Jornada teve seus justos neste ano que completa 36 anos. O número 36 significa a duplicação do número 18, valor numérico da palavra vida. Não poderíamos finalizar esta semana de felicidade sem colocar luz aos nomes já iluminados, que representam coletivos de pessoas também iluminadas";, finalizou Fabiane.

Os homenageados receberam o Troféu Roseli Doleski Pretto. 
São eles:

Luiz Hoffmann e Maria Goreti Betencourt - professores da FAC/UPF, coordenaram a criação da programação visual do palco da Jornada pelo Núcleo Experimental de Publicidade e Propaganda da Faculdade de Artes e Comunicação da Universidade de Passo Fundo (Nexpp/FAC/UPF).

Mariane Loch Sbeghen - professora e coordenadora do curso de Artes Visuais da UPF, organizou as exposições do Espaço Moacyr Scliar.

Piéterson Duderstadt - diretor do espetáculo “Jornada de livros e sonhos”.

Carla Portal Vasconcellos - professora do curso de Arquitetura e Urbanismo e coordenadora do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (Viva!Emau) da UPF, que fez os projetos arquitetônicos das Estações de Leitura e do Caminho das Artes.

Cristiano Mielczarski Silva – gerente de Comunicação e Marketing da UPF.

Paulo Dutra, Magda Cavalheiro, Suzana Einloft, Josiane Perini e Fábio Risson (representando a Trupe da Jornada) - equipe colaborativa que coordenou as frentes de atividades da Jornada.

Patrícia Langlois - diretora do Instituto Estadual do Livro.

Edison Alencar Casagranda - diretor do IFCH, representando as unidades acadêmicas.

Edemilson Brandão - secretário de Educação.

Pedro Almeida - secretário de Cultura.

Édison Nunes - secretário de Transparência e Relações Institucionais.

Bernadete Maria Dalmolin - vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da UPF.

Munira Awad: coordenadora da Divisão de Assuntos Comunitários da UPF.

O reitor da UPF, José Carlos Carles de Souza, e o prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo, receberam uma placa com trechos de poemas de Drummond em homenagem aos esforços conjuntos. A retomada exitosa da realização da Jornada foi destacada pelo prefeito Luciano Azevedo, que ressaltou que, além de gestor, tem o papel de intérprete das emoções e sentimentos de uma comunidade toda. Lembrou ainda do compromisso com os 36 anos de história de uma movimentação em torno dos livros, da literatura, da arte. “Coube a nós parar, pensar, reavaliar. Sou testemunha de tudo que se fez para que estivéssemos hoje à noite aqui. Não foi fácil nem rápido construir esta Jornada em meio à crise econômica mais perversa que vivemos até hoje. Por isso, esta é uma noite de muita alegria”, salientou.

Para o reitor da Universidade de Passo Fundo (UPF), José Carlos Carles de Souza, o momento foi de reencontro. “Estávamos todos desejosos de viver de novo a festa das letras. Estávamos com saudades da Jornada. Queríamos encontrar outra vez os escritores, os músicos, os jornalistas para ouvir e dialogar sobre livros, arte e cultura”, enfatizou, lembrando que foi possível retomar essa importante movimentação cultural e literária em “grande estilo e com muita determinação e criatividade”, completou, confirmando a realização da 17ª Jornada Nacional de Literatura em outubro de 2019.

Sobre a Jornada
A 16ª Jornada Nacional de Literatura e a 8ª Jornadinha Nacional de Literatura são promovidas pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e pela Prefeitura de Passo Fundo. Os eventos contam com os patrocínios do Banrisul, da Corsan, da Ambev, da Companhia Zaffari & Bourbon, da Ipiranga, da Panvel, da SulGás, da Triway e da TechDEC; com o apoio cultural da BSBIOS, do Sesi e da Coleurb; patrocínio promocional da Capes, da Fapergs, da Italac e da Oniz; com a parceria cultural do Sesc, financiamento do Governo do Estado – Secretaria da Cultura – Pró-cultura RS LIC e realização do Ministério da Cultura.

(Fotos: Gelsoli Casagrande)

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Atualizado em 8 de outubro de 2017.

Medos colecionáveis encerram a última conferência

Escritores Débora Ferraz, Julián Fuks, Mario Corso, Mário Rodrigues e Michel Laub participaram

E a última conferência da 16ª Jornada Nacional de Literatura, na sexta-feira, 6 de outubro, debateu “Monstros e outros medos colecionáveis”. Participaram da mesa os escritores Débora Ferraz, Julián Fuks, Mario Corso, Mário Rodrigues e Michel Laub. Uma mesa em torno de um debate sobre o estado de espírito atual que parece ser comum a todos os moradores das grandes e pequenas cidades: a sensação de medo que domina as pessoas em casa, nas ruas, no trabalho e até mesmo na política. 

Os coordenadores de debates da Jornada, Alice Ruiz, Augusto Massi e Felipe Pena, cada um com sua característica, simplicidade e um intelecto indiscutível, mais uma vez usaram palavras, poemas e elogios para exaltar as Jornadas Literárias, uma das maiores movimentações literárias da América Latina, e, assim, receberam o carinho e muitos aplausos do público. Felipe Pena ressaltou que “Passo Fundo é o melhor lugar do planeta durante a semana da Jornada” e afirmou que, por ele, ficaria nos próximos dias e semanas na capital do Planalto Médio, que respira literatura. “Como é bom dormir e acordar falando sobre literatura”, disse Pena. Já Alice Ruiz, uma das maiores poetas brasileiras, enfatizou: “É uma felicidade nacional ter a Jornada de volta, que ela nunca acabe. Vocês são o calor da vida, da arte”, declarou a coordenadora de debates. Augusto Massi ressaltou o clima de despedida desta edição, destacou o tema da conferência – que se refere a lidar com as dificuldades, com os medos – e também enfatizou a qualidade dos convidados.

O psicanalista e escritor Mario Corso é um especialista no tema. Entre suas obras, está “Monstruário – Inventário de entidades imaginárias e de mitos brasileiros”, livro pelo qual recebeu a Menção Honrosa do Jabuti. Corso é psicanalista, membro da APPOA e Psicólogo pela UFRGS. Durante o debate, falou de diversos monstros e a construção deles, desde sereia ao zumbi. “Monstros estão aí para falar de coisas que a gente não consegue falar ou que não gosta de falar. Os monstros falam daquelas coisas que a gente tem dificuldade para falar e que supostamente ferem as pessoas”, comentou o escritor.

Outro que pode ser considerado um “especialista” no tema é o escritor Mário Rodrigues, que tem um livro chamado “Receita para se fazer um monstro”, no qual narra a construção de um sujeito desprovido de humanidade a partir de experiências dolorosas na infância, principalmente na família. “Este livro é sobre como esses ingredientes geram monstros, não necessariamente em suas atitudes, mas sobretudo por suas não atitudes. A infância sonegada é o principal ingrediente para gerar monstruosidades ou então apatia. Essa  violência, quando diária, passa a ser não só algo chocante, mas um dado da realidade, e essa realidade, mais cedo ou mais tarde, explodirá na vivência do outro. Muitas vezes esse comportamento se dá na linguagem e nas escolhas que fizemos”, explicou Rodrigues.

Tanto Mário Rodrigues quanto a outra participante da mesa, Débora Ferraz, são os vencedores do prêmio Sesc de Literatura. “Eu vinha pensando se eu teria algum tipo de medo, alguma coleção de medo e monstros que eu pudesse trazer pra vocês. Pensei que eu não tenho tantos medos catalogados, mas acredito no poder do susto. Quando você se assusta com algo ou com monstros, você é obrigado a sair da sua zona de conforto e é nesse sair do lugar do conforto que nasce a arte, que brotam novas formas de rever um mesmo espaço redimensionado e reorganizado”, opinou Débora. 

Julián Fuks, vencedor do Prêmio Jabuti em 2016 e considerado um dos melhores jovens escritores do Brasil, apresenta, na obra “A resistência”, os regimes autoritários como monstros e fala sobre a forma como essas relações opressoras repercutem na intimidade das relações afetivas e familiares. O escritor, ao ser questionado sobre a dimensão do que é real e do que não é, referendou que esse desafio de se defrontar o real tem se tornado uma questão fundamental de toda a literatura contemporânea e provoca os escritores em algo muito particular. “Para mim, essa questão se coloca como uma espécie de monstro. Quando comecei a escrever ‘A resistência’, comecei a me deparar com esse monstro. Isso desafiou o meu silencio de escritor. Eu venci e escrevi sobre esse meu monstro”, comentou. Em seu livro, Fuks também fala da ditadura, um monstro que, na opinião dele, se estende até hoje, em outro contexto. “O monstro da censura voltou muito mais recentemente com essas discussões do que é a arte e qual é o seu papel”, lembrou. 

Michel Laub, autor de “O tribunal de quinta-feira”, livro que traz os terrores da contemporaneidade, também tratou do tema ao comentar que vivemos uma crise semântica. Para o autor, há uma diferença muito grande entre a linguagem literal e a linguagem irônica. “A linguagem literal está muito presente quando a gente vê a representação de um homem pelado no museu e só consegue enxergar um homem pelado no museu, não vê a dimensão estética, dimensão artística que transcende o significado daquilo que a gente está vendo indiretamente em direção a outros significados”, relatou. Para o escritor, a arte faz justamente a operação oposta. “O que a arte faz é pegar uma realidade da vida que está dada como natural, como objetiva, e transformar em algo que não é aquilo, que pode ser feita de metáforas, de ironias, para fazer a gente olhar para aquela realidade de novo de uma maneira diferente da que a gente viu antes, mais crítica, irônica. A operação básica da arte é essa”, completou.

Show e espetáculo
A noite também contou com o show Poesia Eletrônica, com o músico, poeta e escritor pernambucano Lirinha. Num recital solo, Lirinha apresentou poesias faladas ao vivo com elementos pré-gravados, disparados por meio de um sampler. Além disso, o espetáculo denominado “Jornada de livros e sonhos”, da Cia da Cidade, encerrou a programação da 16ª Jornada Nacional de Literatura, emocionando mais uma vez o público. 

A 16ª Jornada Nacional de Literatura e a 8ª Jornadinha Nacional de Literatura são promovidas pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e pela Prefeitura de Passo Fundo. Os eventos contam com os patrocínios do Banrisul, da Corsan, da Ambev, da Companhia Zaffari & Bourbon,  da Ipiranga, da Panvel, da SulGás, da Triway e da TechDEC; com o apoio cultural da BSBIOS, do Sesi e da Coleurb; patrocínio promocional da Capes, da Fapergs, da Italac e da Oniz; com a parceria cultural do Sesc, financiamento do Governo do Estado – Secretaria da Cultura – Pró-cultura RS LIC e realização do Ministério da Cultura. 

Por: Assessoria de Imprensa UPF
(Fotos: Gelsoli Casagrande)

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Atualizado em 8 de outubro de 2017.

Da sala de aula para a Jornadinha

Último dia de Jornadinha é dia de despedidas e o início da saudade para quem leu e conheceu autores

Último dia de Jornadinha, despedidas e o início da saudade para quem leu, se envolveu e conheceu de perto os autores que foram apresentados por intermédio dos livros, em sala de aula. Esse é o sentimento de alunos e professores das cerca de 80 escolas que participaram da oitava edição da Jornadinha Nacional de Literatura. Em cinco dias, 20 mil alunos puderam viver entre livros e autores: um mundo de conhecimento, aprendizado e vivências.

“Foi uma das melhores coisas da minha vida”, afirma Natália Eberhardt, estudante do nono ano. Pela primeira vez na Jornadinha, a aluna afirmou que a experiência de conhecer e poder se aproximar dos autores de quem leu os livros e sobre os quais os professores falaram em sala de aula foi algo único em sua vida. “Conheci autores e aprendi mais sobre a literatura do país. Foi ótimo, depois das atividades que tivemos ao longo do ano na escola, poder estar aqui”, comenta. Sua colega de turma Helen Frata também já sente uma pontinha de saudades da Jornadinha. “Já participei outras vezes, mas esta foi diferente, foi melhor. Conhecer mais sobre os autores, eles mesmo contando sobre a vida deles, é muito bom”, comemora a aluna. Para ela, os debates, a aproximação com os autores e a oportunidade de conhecer livros e autores será a melhor lembrança que leva da manifestação literária que oportunizou o envolvimento com o mundo literário.

Se para os estudantes a Jornadinha já gera um sentimento de nostalgia, para professores não é diferente. Carla Michele Borges, professora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Zeferino Demétrio Costi, acompanhar os alunos nessa etapa é marcante. “Sempre gostei de trazer os alunos para a Jornada. São vivências que ficam para sempre. É uma movimentação cultural única e uma oportunidade fantástica para eles estarem próximos dos escritores. Poder somar isso ao que fazemos em sala de aula faz com que todo trabalho valha a pena”, salienta.

Nas tendas ou no Espaço Suassuna
Desde que colocavam os pés no complexo da Jornada, fosse nas atividades do palco principal, no Espaço Suassuna, ou nas tendas, o aprendizado tomava conta dos alunos. Isso porque o local reservado às atividades da 8ª Jornadinha levou o nome de “Espaço Lendas Brasileiras - Clarice Lispector”, composto por quatro tendas com nomes alusivos às personagens de lendas brasileiras transcritas por Clarice Lispector na obra “Como nasceram as estrelas” (1987): Tenda Yara, Tenda Malazarte, Tenda Negrinho do Pastoreio e Tenda Curupira.

Para Carolina Almeida Nunes, aluna do oitavo ano, andar por esses locais por si só já a fez se transportar mentalmente a outro mundo. “Sempre gostei de ler e desde que li o livro ‘A vida íntima de Laura’ da Clarice Lispector gosto dela e poder andar por aqui, sabendo que tudo é dedicado a ela, me deixa feliz”, conta.

Sobre a Jornada
A 16ª Jornada Nacional de Literatura e a 8ª Jornadinha Nacional de Literatura são promovidas pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e pela Prefeitura de Passo Fundo. Os eventos contam com os patrocínios do Banrisul, da Corsan, da Ambev, da Companhia Zaffari & Bourbon,  da Ipiranga, da Panvel, da SulGás, da Triway e da TechDEC; com o apoio cultural da BSBIOS, do Sesi e da Coleurb; patrocínio promocional da Capes, da Fapergs, da Italac e da Oniz; com a parceria cultural do Sesc; financiamento do Governo do Estado – Secretaria da Cultura – Pró-cultura RS LIC e realização do Ministério da Cultura.

(Fotos: Glenda Vívian)
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Atualizado em 8 de outubro de 2017.

Conferência da Jornada debate igualdade de gênero

Conceição Evaristo, Federico Andahazi, Marina Colasanti e Edegar Pretto na terceira conferência

Aclamadas escritoras, escritores e representantes de movimento global em defesa da igualdade de gênero participaram na quinta-feira, 5 de outubro, da terceira conferência do Palco da Compadecida, no Espaço Suassuna, da 16ª Jornada Nacional de Literatura. Participaram da mesa “Por elas: a arte canta a igualdade” autoras e autores contemporâneos como Conceição Evaristo, o argentino Federico Andahazi e Marina Colasanti, além do integrante do Comitê brasileiro do #Heforshe (ElesporElas), Edegar Pretto e do músico Thedy Corrêa.

Augusto Massi, coordenador de debates da Jornada, abriu os trabalhos destacando que a pluralidade, marca registrada desta edição da Jornada, está novamente em pauta. Felipe Pena, também coordenador de debates, ressaltou que “o melhor lugar do planeta nesta semana é aqui em Passo Fundo”. Depois de tantos elogios à Jornada, a coordenadora de debates Alice Ruiz questionou os convidados se a arte tem poder transformador, afinal a arte e a literatura também estão ligadas ao tema da igualdade.

“Se somos assim com arte, imagina sem arte”
Marina Colasanti, que já esteve na segunda edição Jornada, enfatizou que é uma “alegria estar de volta e ver a Jornada de volta”. Ao responder o questionamento de Alice, Marina ressaltou que gostaria muito de afirmar que a arte é extremamente modificadora, mas segundo ela, não é o que a história diz. Ela comentou que a arte modifica o ser humano e é uma necessidade vital do indivíduo. “Qualquer população do planeta tem arte e tem narrativa. Mas isso tem modificado aquele cerne sedento de poder, agressivo, que nos levas a guerras seguidas, a escravizar as pessoas, os animais.  Esse cerne que produz arte contém ao mesmo tempo essa perversidade polimorfa. A arte melhora nosso cotidiano, nosso olhar, é um refúgio, mas o mundo não tem mudado como a gente gostaria. Quando olhamos a história é o mesmo sistema sempre”, ressaltou a escritora que afirma que isso não significa que o ser humano deve se afastar da arte, pelo contrário. “Se somos assim com arte, imagina sem arte”, observou Marina.

Marina é uma das maiores escritoras brasileiras contemporâneas. É poeta, narradora, jornalista e tradutora. Tem oito décadas de vida e venceu a pouco o Prêmio Iberoamericano SM de Literatura Infantil e Juvenil do México.  A escritora, que teve atividade marcadamente feminista nas décadas de 1970 e 1980, se considera uma feminista histórica. Atuou nas questões de gênero, seja através dos seus artigos, que resultaram em quatro de seus livros, seja com participação direta como membro do Primeiro Conselho Nacional Dos Direitos da Mulher. 

Já Conceição Evaristo respondeu que não tem respostas, mas reflexões sobre ela. “A arte tem poder de nos devolver a humanidade. A busca pela igualdade passa pelo direito de poder dizer, ser, ler e escrever e tenho pensado que a leitura e a escrita têm que ser vista como direito de todos e não como bens culturais só para determinados grupos sociais”, enfatiza Conceição complementando que a arte tem esse poder convocatório. “Ela vai tocar as emoções das pessoas. A arte tem que ser convocatória para romper barreiras e trazer novos modos de dizer e de ser e a literatura é um espaço que propicia isso”, destacou a escritora, que tem uma produção literária voltada para reflexões acerca das questões de raça e de gênero.

Conhecido por seus romances históricos, o argentino Federico Andahazi usou da própria história para tratar do tema. Ao lembrar de Mateo Colombo, conhecido por ser o descobrir do clitóris, o órgão feminino associado ao prazer, o escritor e psicanalista destacou que ainda existe uma intenção de colonizar o corpo feminino. “Não queiram me convencer de que hoje existe igualdade entre homens e mulheres”, enfatizou. Andahazi lembrou ainda há muitos anos, o espaço reservado para as mulheres na literatura era o das Mil e uma noites, quando a mulher tinha que contar histórias para não ser morta e que isso precisa ser mudado. “Acredito que as mulheres souberam construir com muito direito um espaço mais do que o que dado a eles em Mil e uma Noites”, afirmou.

O cantor e compositor Thedy Correa, responsável também pelo show de abertura dessa quinta-feira ao lado de Aluísio Rochemback, relembrou o primeiro sucesso da banda Nenhum de Nós, a música Camila Camila, que trata de um caso de violência de gênero contra mulheres. Segundo Thedy, mesmo muitos anos depois ainda fala de uma realidade presente na sociedade. “Eu recebo muitos relatos de mulheres dizendo ‘eu sou a Camila da música’. Acredito que a gente pode mudar essa realidade e que é necessário dar o lugar de fala e fazer com que as mulheres sejam mais respeitadas”, falou. 

O presidente da Assembleia Legislativa do RS, Edegar Pretto, falou sobre o Movimento HeForShe (ElesPorElas). Ele coordena o Comitê Gaúcho Impulsor do ElesPorElas no estado, além de outras ações como o Cartão Vermelho à Violência Contra as Mulheres. Segundo o deputado, a militância nos movimentos sociais e na luta pela igualdade de gênero vêm de casa, referência que deve aos pais. ";;Pelo exemplo de luta que tive em casa fui tentando ser melhor nessa relação de gênero";;, argumentou. Durante o debate foi exibido o documentário da ativista Bárbara Penna, vítima de violência pelo ex-marido, que ateou fogo ao seu corpo e a jogou pela janela. ";;A Bárbara é uma sobrevivente e uma ativista. Fizemos este documentário que teve mais de 4 milhões de visualizações nas redes para que a história não se repita com outras mulheres. Isso impulsiona nossa luta pelo fim da violência contra a mulher e a igualdade de oportunidades, uma das principais causas do parlamento gaúcho";;, finalizou.

Sobre as Jornadas
A 16ª Jornada Nacional de Literatura e a 8ª Jornadinha Nacional de Literatura são promovidas pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e pela Prefeitura de Passo Fundo. Os eventos contam com os patrocínios do Banrisul, da Corsan, da Ambev, da Companhia Zaffari & Bourbon,  da Ipiranga, da Panvel, da SulGás, da Triway e da TechDEC; com o apoio cultural da BSBIOS, do Sesi e da Coleurb, patrocínio promocional da Capes, da Fapergs, da Italac e da Oniz, com a parceria cultural do Sesc, financiamento do Governo do Estado – Secretaria da Cultura – Pró-cultura RS LIC e realização do Ministério da Cultura.  Confira a programação no site www.upf.br/16jornada.

(Fotos: Gelsoli Casagrande)
 

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Atualizado em 8 de outubro de 2017.

Um espetáculo com duas mil crianças

Iniciativa inédita no Brasil, Slam de Ilustração foi um sucesso

“Um dia, cheguei em casa cansado do trabalho, encontrei meu vilão favorito e ele me convidou para...”. Foi a partir dessa provocação, feita pelo coordenador Volnei Canônica, que os ilustradores Daniel Kondo, Ivan Zigg, Mariana Massarani e Roger Mello deram início ao Slam de Ilustração, atividade que fez parte da programação da 8ª Jornadinha Nacional de Literatura nesta quinta-feira, 5 de outubro. 

Atividade inédita no Brasil – algo parecido só havia sido feito na Feira do Livro de Xangai, na China –, o desafio dos ilustradores foi criar desenhos a partir do tema escolhido pelo coordenador. Dois grupos foram criados para isso. As regras, no entanto, eram feitas pelas duas mil crianças do 6º ao 9º ano do ensino fundamental que acompanharam a atividade. Ao sinal dos gritos de guerra inventados pelas crianças, os ilustradores trocavam de lugar passando a intervir um na ilustração do outro em uma performance/competição de ilustradores. “Um espetáculo feito com duas mil crianças”, definiu Canônica. Além dos ilustradores, 12 crianças da plateia foram convidadas a participar da brincadeira. 

O resultado da brincadeira foi uma grande criação coletiva em que cada ilustrador pôde mostrar seu traço e sua criatividade com a possibilidade de levar para a plateia essa possibilidade de criação coletiva, de instantaneidade, de liberdade de criação e de fluxo. “A ideia é tirar a literatura da estante e trazer para a vida, para o cotidiano, com a imagem narrativa, a ilustração de vários ilustradores. O processo criativo fica em contato com o leitor, a ideia é dar uma pegada da rua mesmo, comunicar, colocar essas coisas para que elas dialoguem, e estamos tendo uma resposta muito positiva com um grupo de adolescentes, crianças, fazendo uma produção realmente criativa, original e questionadora”, disse o ilustrador Roger Mello. 

Para o escritor e ilustrador Daniel Kondo, o Slam é uma oportunidade única de as crianças interagirem com os artistas. “Acho que a Jornada foi muito inteligente na proposta de, no final desse processo todo, conectar muito mais de perto a produção do artista com a produção do público e isso me deixa muito feliz porque muitas vezes existe um distanciamento do autor e essas ações aproximam e acabam incentivando você a continuar produzindo também”, comentou. 

No final, os times ainda foram desafiados a criar uma história baseada nas ilustrações desenvolvidas em um jogo que acabou com todos vencedores e sem julgamentos do que é mais bonito. “Às vezes, é bom lembrar que o bonito não existe, é o interessante que nos provoca, que mexe com nossos sentimentos. Quem ganhou? Todos nós!”, encerrou Canônica. 

Por: Assessoria de Imprensa UPF
(Fotos: Gelsoli Casagrande)
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Atualizado em 8 de outubro de 2017.

Tradição literária é celebrada na Jornada

Debate sobre obra de Moacyr Scliar, Ariano Suassuna, Carlos Drummond de Andrade e Clarice Lispector

Celebração talvez seja a palavra que melhor define a segunda noite de debates da 16ª Jornada Nacional de Literatura. Em um movimento de reverência, o público que esteve presente no Espaço Suassuna nessa quarta-feira, 4 de outubro, pôde ver uma Jornada, que sempre teve como característica principal dialogar com a atualidade, se abrir também para homenagear a tradição, revivendo a vida e a obra de quatro grandes escritores brasileiros: Moacyr Scliar, Ariano Suassuna, Carlos Drummond de Andrade e Clarice Lispector. Os convidados para prestar essa homenagem foram os escritores Ricardo Silvestrin, Bráulio Tavares, Cintia Moscovich e Nádia Battella Gotlib.

A mesa “Centauro, pedra, rosa e estrela: Scliar, Suassuna, Drummond, Clarice” – nome relacionado a grandes obras dos autores homenageados: centauro, de ";O centauro no jardim";, de Moacyr Scliar; pedra, uma alusão ao ";Romance da Pedra do Reino";, de Ariano Suassuna; rosa, uma referência à obra ";A rosa do povo";, de Carlos Drummond de Andrade; e estrela, do livro ";A hora da estrela";, de Clarice Lispector – foi, segundo Augusto Massi, um dos coordenadores de debates, uma reunião de especialistas falando de especialistas. Massi, ao lado de Felipe Pena e Alice Ruiz, conduziu o público a um mergulho não apenas pelo trabalho desses escritores, mas também por passagens curiosas sobre suas vidas.

Considerada a principal biógrafa de Clarice Lispector, Nádia Battella Gotlib foi apresentada por Massi como pioneira. Ela iniciou falando sobre o espetáculo ";Não me toque estou cheia de lágrimas - Sensações de Clarice Lispector";, de GEDA Cia de Dança Contemporânea, que abriu a segunda conferência da Jornada. ";O espetáculo que vimos aqui iniciou retratando a família de Clarice, seus pais e irmãs quando ela ainda nem tinha nascido. Nesse período, provavelmente, a mãe estava grávida dela";, afirmou. Como o próprio nome traduz, o espetáculo não contou com palavras, apenas com movimentos, música e essência, sentimento que ajudou o público a construir um livro da história de Clarice através das cenas vivas e físicas ali presentes. Mais uma vez, a literatura foge aos limites. 

Isso tudo para Nádia traz a profundidade intimista que é Clarice: ";há ali um desbravamento. Quando embarcamos com ela, nunca sabemos onde vai dar";, destacou. Além de falar de detalhes sobre uma das escritoras mais aclamadas, Nádia também trouxe o DNA Lispector. As duas irmãs de Clarice, Elisa e Tania, têm suas produções e já publicaram livros, principalmente Elisa, que tem 10 obras – sete romances e três livros de contos. Para a biógrafa de Clarice, ter contato com isso foi uma fonte rica e gratificante. ";Lembro de quando me mostraram um álbum de fotografias da família. ";Era um álbum grosso, de capa de couro e fecho já oxidado. A primeira foto que eu vi foi a dos avós";, lembrou ela.

Cintia Moscovich era amiga pessoal do Scliar e é profunda conhecedora da obra e das temáticas do autor, inclusive contribuiu com a obra O viajante transcultural: leituras da obra de Moacyr Scliar, organizada por Regina Zilberman e Zilá Bernd. “Scliar tinha um desejo incontrolável de escrever, com cerca de 100 livros. Ele ajudava a todos. Talvez escrevesse para tentar corrigir as coisas erradas do mundo. E escrevia em qualquer lugar. Tinha uma concentração rápida e sabia de todos os assuntos do mundo, além de escrever de forma muito elegante. Impressionante”, revelou a escritora.

Sobre Scliar, Cintia conta que ele era um homem “politicamente correto”, cordial e generoso. “Nunca ouvi nenhuma história sobre Scliar que tivesse algum caso de palavras ásperas. Só ouvi histórias de generosidade”, observa Cintia.
Pesquisador de literatura fantástica que transita pela ficção científica, pela literatura de mistério e também pela cultura da oralidade, Bráulio Tavares é um dos maiores nomes da literatura de cordel da atualidade. É também um profundo conhecedor da trajetória crítica e criativa de Ariano Suassuna que foi, para ele, além de um iconoclasta, também um grande professor capaz de desconstruir os assuntos mais sérios e ao mesmo tempo continuar sério. “O Ariano que conheci era uma usina de dinamismo verbal”, contou. Tavares brincou ainda com o jeito enfático que Suassuna tinha de falar ao lembrar que A pedra do reino é, na opinião dele, o romance com maior quantidade de pontos de exclamação por página. “Ariano tinha essa coisa de ser muito voltado para a fala, para a oralidade, mas ao mesmo tempo ele tinha uma escrita muito metódica. Ele era lento e meticuloso para escrever, mas para falar, era uma cachoeira”, disse. 

“Um poeta difícil”, disse o também poeta Ricardo Silvestrin sobre Carlos Drummond de Andrade. Conhecido por manipular as palavras escritas, faladas e cantadas, Silvestrin lembrou as várias faces de Drummond, seja como poeta, como contista e como cronista. Uma delas era a de um escritor que considerava inadmissível que alguém se baseasse em sua obra. “‘Vá criar sua própria poesia’, dizia. Para ele, a poesia era o que ainda estava para ser escrito‘”, contou Silvestrin. De acordo com o escritor, o próprio poeta acreditava que o fato de ter sido antes de tudo cronista fez com que as pessoas prestassem atenção na sua poesia, a qual, para Silvestrin, trazia o olhar cronista de Drummond. “Drummond tinha esse olhar geral para as coisas, esse olhar de cronista, que está muito presente na obra dele. Nada escapa da sua poesia, ele tinha um olhar para o mundo”, ressaltou. 

Sobre a Jornada
A 16ª Jornada Nacional de Literatura e a 8ª Jornadinha Nacional de Literatura são promovidas pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e pela Prefeitura de Passo Fundo. Os eventos contam com os patrocínios do Banrisul, da Corsan, da Ambev, da Companhia Zaffari & Bourbon, da Ipiranga, da Panvel, da SulGás, da Triway e da TechDEC; com o apoio cultural da BSBIOS, do Sesi e da Coleurb; patrocínio promocional da Capes, da Fapergs, da Italac e da Oniz; com a parceria cultural do Sesc; financiamento do Governo do Estado – Secretaria da Cultura – Pró-cultura RS LIC e realização do Ministério da Cultura. Confira a programação no site www.upf.br/16jornada.

(Foto: Gelsoli Casagrande)

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Atualizado em 8 de outubro de 2017.

Feira de Artesanato vai movimentar Parque da Gare

A exposição e comercialização de produtos será na parte externa da Estação da Gare

Trabalhos manuais viram arte nas mãos de artesãos. Para mostrar o que é produzido em Passo Fundo e oferecer uma forma de comercialização desses produtos, a Associação Gaúcha de Artesãos e Artistas Plásticos de Passo Fundo promovem neste domingo, dia 8 de outubro, a 6ª Feira de Artesanato.

A exposição e comercialização de produtos será na parte externa da Estação da Gare, das 13h30 às 18h30 e conta com o apoio do Setorial do Artesanato e Confraria das Artes. A Feira tem como objetivo é apresentar os trabalhos desenvolvidos pelos artesãos locais, agregar novos membros e comercializar produtos produzidos manualmente.

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Atualizado em 5 de outubro de 2017.

Final de semana com cinema movido a energia solar

Exibição terá curtas infantis na primeira sessão e o filme O Palhaço na segunda sessão

Sessão de cinema, e de graça? Sim, vai acontecer neste final de semana em Passo Fundo. E o  melhor, sem gastar energia elétrica. Como isso é possível? É o circuito do Cinesolar que estará na cidade neste sábado, dia 7 de outubro, para duas sessões, às 19h30 e às 20h10, no Anfiteatro do Parque da Gare.

Com a apresentação de curtas infantis na primeira sessão e com o filme O Palhaço, na segunda sessão, o cinema movido a anergia solar é uma iniciativa da RGE, patrocinada pelo Ministério da Cultura e com apoio da Prefeitura de Passo Fundo.

A inovadora iniciativa de cinema itinerante utiliza a energia social, uma energia limpa e renovável, para exibições de filmes, unindo arte, cinema e sustentabilidade. Tudo funciona a partir de uma van equipada com placas solares que possibilitam, por meio de um sistema conversor de energia solar para elétrica, a exibição de filmes e apresentações artísticas.

Serviço
Cinesolar – Cinema movido a energia solar

Quando: dia 7 de outubro
Local: Anfiteatro do Parque da Gare | Avenida Sete de Setembro – Centro
* Em caso de chuva, será na antiga Estação Férrea

19h30 – Curtas infantis
Classificação: livre

20h10 – Filme O Palhaço
Classificação: 12 anos

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Atualizado em 4 de outubro de 2017.

Uma Jornadinha de leitura e protagonismo

A formação do leitor é um dos principais objetivos das Jornadas Literárias

A movimentação literária da 8ª Jornadinha Nacional de Literatura distribui sorrisos, palmas, perguntas e muita empolgação das personagens mais especiais deste encontro: as crianças. Alunos de escolas municipais, estaduais e particulares se dividem entre a grande lona do Espaço Suassuna e as tendas Yara, Malazarte, Negrinho do Pastoreio e Curupira do Espaço Lendas Brasileiras, Clarice Lispector para viver de perto a leitura. Até o dia 6 de outubro, 20 mil crianças terão passado pela Jornadinha.

Na programação desta quarta-feira (4), os escritores Jean-Claude Alphen, Pedro Duarte, Márcia Leite, Daniel Kondo, Lúcia Hiratsuka, Selma Maria, Eliandro Rocha e Alexandre de Castro Gomes conversaram e ouviram alunos de 1º ao 5º ano que participaram das atividades das tendas. A aluna da Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre José de Anchieta, Nicoly dos Santos de Camargo, de 7 anos, conta com os olhos brilhando a sua leitura. “Eu estou achando bem legal. Na escola, lemos o livro do Palavrão e da Janela do Trem. O que eu mais quero é encontrar os autores e ouvir as histórias e a música”, afirmou ela.

Uma das professoras que acompanhou a turma de Nicoly, Daniela Caroline Von Fruhauf, responsável pela turma de 1º ano, relatou um pouco sobre o trabalho feito na escola e a expectativa dos alunos. Durante os meses que antecederam a Jornadinha, as crianças leram os livros dos autores e realizam diversos trabalhos com base nas obras. “O nosso trabalho iniciou muito tempo antes, ainda em maio, com os livros. Um trabalho que foi bem legal, pois conseguimos nos aproximar pelos livros com a leitura de uma obra de cada autor”, destacou.

A primeira parte da concretização deste trabalho foi composta pelas Estações de Leitura, que tiveram cinco encontros. Na Jornada, toda a preparação chega ao ápice. “Hoje é um sonho para eles, que estão ansiosos para ver todo este espetáculo e conhecer os autores que eles leram. No 1º ano, os alunos estão se alfabetizando, então, o livro é tudo, é a magia. Por isso, o papel da Jornada é essencial. Eles se alfabetizam através da leitura, pelo gosto de ler e pelo encantamento pelas letras e histórias. Isso a Jornada traz muito forte, porque eles sabem que a Jornada é livro, é leitura”, finalizou Daniela.

De Mato Castelhano, município vizinho de Passo Fundo, veio a aluna da Escola Estadual Ensino Médio Jorge Manfroi, Ana Lívia Machado Franz, de 9 anos. “Eu gosto das perguntas, do que eles falam e dos livros que mostram. Na escola, lemos e gostamos bastante dos livros”, comentou.

A programação ainda conta com a participação de autores como Edson Gabriel Garcia, Felipe Castilho, Heloisa Prieto, Luiz Antônio Aguiar, o angolano Ondjaki, Pablo Morenno, Renata Tufano, Renata Ventura e Rosana Rios. Segundo uma das coordenadoras da Jornada, Fabiane Verardi Burlamaque, o clima da Jornadinha iniciou ainda com as Estações de Leitura, que começaram no mês de agosto. “Acompanhamos toda essa empolgação das escolas e o envolvimento dos professores e alunos, então, estávamos preparados. Mas, quando vemos as crianças chegando aqui, o brilho nos olhos delas, o encontro com os autores que elas leram e sobre os quais fizeram trabalhos, é a concretização de um projeto que foi pensando com elas, um projeto que foi pensando em conjunto. Só temos a agradecer por essa adesão e o envolvimento de todos. É uma Jornada feita a muitas mãos. Esse é o resultado que estamos vendo”, observou.

As crianças acompanharam ainda a apresentação da música tema da Jornada, “Dos Moinhos à Matrix”, com a banda Roudini & Os Impostores; e o espetáculo “Ninho de Mafagafos, da Cia Mafagafos contadores de histórias.

A 16ª Jornada Nacional de Literatura e a 8ª Jornadinha Nacional de Literatura são promovidas pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e pela Prefeitura de Passo Fundo. Os eventos contam com os patrocínios do Banrisul, da Corsan, da Ambev, da Companhia Zaffari & Bourbon, da Ipiranga, da Panvel, da SulGás, da Triway e da TechDEC; com o apoio cultural da BSBIOS, do Sesi e da Coleurb; patrocínio promocional da Capes, da Fapergs, da Italac e da Oniz; com a parceria cultural do Sesc; financiamento do Governo do Estado – Secretaria da Cultura – Pró-cultura RS LIC e realização do Ministério da Cultura. Confira a programação no site www.upf.br/16jornada.

(Fotos: Gelsoli Casagrande)



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Atualizado em 4 de outubro de 2017.

Sessões de autógrafos

Atividade aproxima leitores de escritores

Uma das características marcantes da Jornada Nacional de Literatura e da Jornadinha Nacional de Literatura é a aproximação de leitores e escritores. Dentre as formas mais procuradas, estão as sessões de autógrafos. Os encontros acontecem nas manhãs, tardes e noites no espaço Drummont.

Entre os autores que interagiram com a comunidade, estiveram a vice-reitora de Graduação, Rosani Sgari, e o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos. Rosani lançou o livro “Universidade e Formação”, organizado por ela e pelos professores Patrícia da Silva Valério e Edison Alencar Casagranda. Já o professor Barcellos aproveitou a oportunidade para conversar com leitores do seu livro “A menina e o boto”, escrito em parceria com a sua filha Ana Laura.

Acompanhe os debates pelo JornadApp
O público que não conseguiu se inscrever na 16ª Jornada Nacional de Literatura poderá acompanhar a programação do Palco da Compadecida, no Espaço Suassuna (grande lona), pelo aplicativo oficial das Jornadas Literárias, o JornadApp. O aplicativo, usado durante a Pré-Jornada e a Pré-Jornadinha, terá transmissões ao vivo de todas as noites de Jornada. O JornadApp pode ser baixado por meio de lojas on-line: App Store (IOS) e Play Store (Android).

A 16ª Jornada Nacional de Literatura e a 8ª Jornadinha Nacional de Literatura são promovidas pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e pela Prefeitura de Passo Fundo. Os eventos contam com os patrocínios do Banrisul, da Corsan, da Ambev, da Companhia Zaffari & Bourbon, da Ipiranga, da Panvel, da SulGás, da Triway e da TechDEC; com o apoio cultural da BSBIOS, do Sesi e da Coleurb; patrocínio promocional da Capes, da Fapergs, da Italac e da Oniz; com a parceria cultural do Sesc, financiamento do Governo do Estado – Secretaria da Cultura – Pró-cultura RS LIC e realização do Ministério da Cultura.

A programação completa e a cobertura da movimentação podem ser acessadas no site www.upf.br/16jornada. Informações podem ser obtidas pelo e-mail jornada@upf.br ou pelo telefone (54) 3316-8368.,

Por: Assessoria de Imprensa UPF
(Fotos: Gelsoli Casagrande)

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Atualizado em 4 de outubro de 2017.