Grupos folclóricos participaram de eventos promovidos em diferentes regiões de Passo Fundo, aproximando a comunidade da diversidade étnica e cultural presente na festividade
Um festival para ver, ouvir e sentir. Assim definiu a aluna da EMEF Notre Dame, Thayla Flores, de 11 anos. De aniversário nesta segunda-feira (08), a aluna do 4° ano do Ensino Fundamental estava animada com o cenário montado no interior do ginásio da escola. "A gente foi trabalhando os países ao longo das aulas e eu fiquei curiosa com a cultura de cada lugar. Hoje eu estou podendo ver, ouvir e experimentar um pouco disso", contou.
Com a proposta de ampliar o acesso à cultura e as diferentes manifestações artísticas, o XV Festival Internacional de Folclore investiu na descentralização das atividades para os bairros e escolas do município. Nesta segunda-feira, os grupos do Paraguai, da Colômbia e do estado do Pará interagiram com alunos, pais, professores e comunidade das escolas do bairro Boqueirão, a primeira a receber as apresentações neste formato. Para a artista colombiana Melissa Ramirez, a recepção dos passo-fundenses aos grupos tem sido "muito calorosa". "Nos sentimos um pouco em casa aqui, porque as pessoas são bem fraternas, as crianças em especial".
Para a diretora da EMEF Notre Dame, Gislene Garcia, sediar o primeiro evento do XV Festival Internacional de Folclore em sua escola foi uma oportunidade única de estimular novas possibilidades para os estudantes. "Eles estão tendo acesso a uma gama enorme de informações. Isso vai se refletir não apenas no aprendizado, mas também na leitura de mundo. O mundo é muito maior do que o que eles conhecem e o Festival mais perto deles está servindo também para ampliar essa reflexão”, avaliou a professora.
A enfermeira, Marli Mariano, mora no bairro Boqueirão e estava passeando com o filho quando viu o desfile dos grupos nas ruas. “Eu já tinha visto o desfile na rua, mas meu filho ainda não. Quando ele viu o colorido das roupas, pediu pra assistir. Viemos até a escola e fomos bem recebidos, nos sentimos bem à vontade. É importante que tenhamos estes espaços, porque muitas vezes o acesso à cultura não é tão fácil como está sendo”, argumentou ela.
Oficina de danças
Durante a semana, em dias alternados, os alunos das escolas municipais vão receber oficinas de dança com os grupos. Nesta segunda-feira (08), a EMEF Romana Gobbi, no Loteamento Santo Antônio, contou com a presença do Chile, que convidou os alunos para aprender um pouco sobre as danças folclóricas e a sua origem.
Festival pela cidade
Além das escolas, dos bairros e das apresentações no CTG Lalau Miranda, o XV Festival tem levado atividades folclóricas para outros espaços da cidade. Na noite de domingo (07), após o evento gratuito no Parque da Gare, músicos dos grupos dos diferentes países que estão em Passo Fundo se encontraram na Estação Gastronômica da Gare para um intercâmbio de ritmos.