Memória preservada em retalhos
Parte da história dos 150 anos de Passo Fundo, resgatada pelas mãos de 12 artistas plásticas, será mostrada ao público a partir das 19h de hoje (quinta-feira), através da exposição “Passo Fundo em Retalhos”, que acontece na sede social do Clube Caixeiral Campestre, centro. O evento faz parte das comemorações do Sesquicentenário do município e a entrada é gratuita.
Prédios históricos, como a igreja da Matriz, Casa do Barão e Moinho, ganharam uma nova leitura através da técnica conhecida como Patchwork. As imagens são criadas a partir de retalhos costurados sobre o tecido principal, que vem acompanhado de uma manta acrílica de forro e um outro tecido de fundo. Para valorizar os detalhes arquitetônicos das obras, as quilteiras, como são chamadas, se basearam em fotografias da época, muitas delas registradas pelas lentes do fotógrafo Deoclides Czmanski. O trabalho de pesquisa iniciou no mês de março.
“Ampliamos essas fotografias para conhecer os detalhes das obras. Nosso objetivo é preservar a memória da cidade. O trabalho é feito com máquina de costura comum. Alguns detalhes são feitos à mão mesmo” explica Vera Fuenteria, uma das idealizadoras do projeto. Além dos prédios, a exposição resgata locais tradicionais de Passo Fundo, como a Rua dos Tropeiros, que mais tarde seria denominada como Rua do Comércio, e posteriormente batizada de Avenida Brasil. A ponte original construída sobre o rio Passo Fundo no ano de 1927, também, está presente na exposição. A obra de Teixeirinha recebe uma homenagem especial através da canção Querência Amada, cuja letra divide espaço com símbolos do Rio Grande do Sul. O pórtico da UPF é a obra mais moderna dos 17 quilts da exposição, que ficará no Clube Caixeiral durante toda a primeira quinzena de agosto.


Fotos: Gerson Lopes