Formatura reconhece trabalho de 130 Mulheres da Paz em Passo Fundo

As 130 Mulheres da Paz que foram capacitadas durante o período de um ano em Passo Fundo como Agentes da Paz, em vinte diferentes bairros da cidade, tiveram o reconhecimento pelo seu trabalho reafirmado na noite de terça-feira, 21, quando ocorreu a formatura do Projeto. “As Agentes da Paz ou Mediadoras da Paz tem a função de serem orientadoras de mediação de conflito, de direitos humanos, além do cumprimento das leis e seus direitos e deveres. A formatura foi um momento onde puderam sentir o reconhecimento dado por vários integrantes da comunidade e, ao mesmo tempo, puderam mostrar o carinho que têm por ser esta representante”, disse a coordenadora do Projeto na cidade, Marisa Ré De Rocco.
“O nosso trabalho social, através das visitas nas casas, dos encaminhamentos para a rede de atendimento à cidadania e da participação nas reuniões de nossa comunidade nos tornaram referência como mulheres que atuam como defensoras de direitos humanos e articuladoras sociais de cidadania”, afirmou Juscemara, uma das integrantes do Projeto.
As atividades tiveram 15 meses de vigência, sendo que nos três primeiros meses houve a contratação e capacitação da equipe de profissionais e, em seguida, a seleção. Foram identificadas mais de 500 mulheres para a participação, sendo que mais de 300 fizeram a inscrição e, destas, 200 foram selecionadas para a capacitação, como Agentes de Paz em seus bairros, com duração de doze meses. Destas, 130 conseguiram se formar. No total, foram 175 horas de atividades presenciais e outras atividades de formação, como participação em oficinas e palestras, num total de 483 horas executadas no período. Conforme a coordenadora, neste momento encerra-se a parte sistematizada do projeto, com atividades presenciais.
“O conhecimento que cada uma adquiriu faz parte de sua caminhada e será utilizado quando a intuição de agente de paz mostrar que é necessário”, ressaltou Marisa. “O projeto nos empoderou e nos encorajou a seguirmos firmes na luta contra todas as formas de violência. (…) Acreditamos ser preciso reeducar a sociedade para que as mulheres não tenham mais seus direitos violados e possam, junto com suas famílias e suas comunidades, construir uma vida que tenha por base a felicidade e a dignidade que todo ser humano precisa”, ressaltou a Mulher da Paz, Maria de Fátima Fazolo.
Durante a formatura, também foi ressaltada a participação dos ESFs, CRAS, Assistência Social Diocesana Leão XIII e da Comissão de Direitos Humanos, como essenciais durante o período de realização da capacitação.
Uma das Ações do Programa Nacional de Segurança com Cidadania – Pronasci, através de uma parceria realizada entre a Prefeitura e o Governo Federal, o Projeto Mulheres da Paz é acompanhado pelo Ministério da Justiça e coordenado pela Secretaria Municipal de Segurança Pública.