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Devido ao frio, Prefeitura amplia busca ativa de pessoas em situação de rua
Com as baixas temperaturas, a Prefeitura intensificou a busca ativa de pessoas em situação de rua. O serviço de abordagem da Secretaria de Cidadania e Assistência Social (SEMCAS) realiza ações para convidar essa população a acessar a rede de acolhimento e para identificar as necessidades individuais.
Nessa terça-feira (29), em uma das noites mais frias do inverno, as equipes percorreram a cidade para conversar com as pessoas em situação de rua. De acordo com o secretário de Assistência Social, Saul Spinelli, o objetivo central foi direcioná-las à casa de passagem. “Estamos mobilizados para sensibilizar essas pessoas em função do frio. Temos 30 vagas em nossa casa de passagem, que é o albergue, e somente nove delas estão ocupadas. Continuamos lutando e fazendo a nossa parte enquanto poder público”, afirma.
Ainda de acordo com Saul, nenhuma das pessoas aceitou o convite para pernoitar e realizar refeições na casa de passagem. Como uma forma de ajudá-las na superação do frio, as equipes distribuíram cobertores. “Todas as pessoas são mapeadas. O trabalho de abordagem é permanente, efetuado durante a noite e também o dia, contando com a Assistência Social e a Secretaria de Saúde. Voltaremos diariamente para convidá-las”, pondera.
Abordagem, casa de passagem e Centro POP
A abordagem às pessoas em situação de rua é especificada no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e, em Passo Fundo, ocorre durante 24 horas. Com a perspectiva da garantia de direitos, o serviço tem como foco identificar as necessidades imediatas dessa população, incluindo-a na rede de serviços socioassistenciais e políticas públicas.
A rede, contudo, é ampla. Envolve, além do atendimento inicial e do reconhecimento das carências individuais de cada sujeito, uma série de outras etapas para que ele supere a condição. Ao entrar uma vez nela, o indivíduo é acolhido, mapeado pelas equipes de abordagem e estimulado a ingressar nas demais etapas de assistência.
Além da abordagem, o município conta com dois espaços necessários no atendimento dessa população: a casa de passagem e o centro POP. “Passo Fundo é um dos pouco municípios do país que têm a oferta dos três serviços, que integram a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais”, pontua secretária-adjunta de Cidadania e Assistência Social, Elenir Chapuis.
O Centro POP Júlio Rosa é a porta de entrada para a assistência. No local, elas são auxiliadas no encaminhamento de documentos, passam por atendimento psicológico, são direcionadas para a casa de passagem, incentivadas a realizar tratamentos de saúde e reabilitação da dependência química e reaproximadas das suas famílias. Ainda, têm acesso a banhos, roupas limpas e alimentação. Já a casa de passagem, que passou recentemente por qualificação estrutural, viabiliza pernoites e refeições. Ela corresponde a um espaço seguro para que os usuários da rede possam permanecer durante as noites.
Conforme Elenir, o Município tem um olhar específico e criterioso à população de rua, atendendo às demandas pontuais. “Todas essas pessoas são acompanhadas. Desde o início da pandemia, por exemplo, ofertamos máscaras, álcool gel e testes de Covid-10. Recentemente, mais de 40 delas foram vacinadas contra a doença. Com relação ao frio, nenhum caso grave ocasionado por baixas temperaturas foi registrado nos últimos anos”, menciona.
Atualmente, cerca de 60 pessoas estão em situação de rua em Passo Fundo. Mais de 20 delas são de outros municípios. As famílias de todas são contatadas para que possam auxiliar a Assistência Social no trabalho de reconstrução de vínculos e retorno às suas casas.
