Casa da Mulher já abriga vítimas da violência

Casa da Mulher já abriga vítimas da violência

A Casa de Apoio às Mulheres vítimas de violência, inaugurada em 25 de julho de 2003, oferecendo o primeiro abrigo em 18 de agosto daquele ano, já está atendendo, totalmente reformada, depois de ter passado por sinistro ainda em junho do ano passado. “Culminou com o encerramento da Semana da Mulher, no dia 10 deste mês, quando fizemos a entrega das chaves. Esta é uma das Casas que é mantida pela Secretaria de Assistência Social do município, onde nós recebemos todas as mulheres que sofrem agressões físicas por parte de seus maridos ou companheiros, e que se fazem acompanhar, também, por seus filhos, para quem é fornecida toda uma estrutura”, frisa o secretário municipal da Assistência Social, Paulo Loss.

As mulheres abrigadas pela Casa, que recebem atendimento somente quando encaminhadas pela Delegacia de Polícia, via Posto de Atendimento à Mulher, com a respectiva ocorrência policial, contam com a atenção de equipe especializada, integrada por coordenadora, monitoras, psicólogas, pedagogas e assistentes sociais, além de assessoria jurídica, que é possível graças à parceria com a Universidade de Passo Fundo (UPF).

“O que nós buscamos, com este trabalho, é resgatar a auto-estima desta pessoa, que já sofreu uma agressão; muito respeito e dignidade, com ela e com seus filhos”, enfatiza Loss.

O secretário Loss faz questão de frisar, o que enfatizou à equipe que coordena a Casa da Mulher, que o mais importante é o “pós trabalho”, que deve ser desenvolvido com as vítimas. Na verdade, o que o secretário quer, é que sejam trabalhadas as causas que levaram estas mulheres àquela condição, inclusive, com o envolvimento dos agressores - maridos, companheiros -.

“Na maioria dos casos a violência contra a mulher ocorre pela ingestão de bebida alcoólica em excesso, por parte do marido, do companheiro. Portanto, nós precisamos fazer um trabalho com o marido também, e, para isto, necessitamos de parcerias, para tentar entender o porque dos fatos. Falando em função da bebida, o seu consumo é considerado uma doença, e as pessoas, muitas vezes, não vêem como uma doença, e nós temos que tentar resgatar também a dignidade do homem, que pode estar passando por períodos complicados: a falta do trabalho, a falta de condições de colocar alimento na mesa; o estresse; uma série de situações que leva esta pessoa a vir a agredir. Como secretário, nós não gostaríamos de abrigar nenhuma pessoa, pois nenhuma mulher merece sofrer agressão, mas se existe a demanda nós temos que dar uma condição mais digna para ela”, entende Loss.

A Casa da Mulher ainda não tem toda a estrutura, falta móveis e utensílios. Portanto, a SEMAS está recebendo doações da comunidade, visando atender, também neste item, as necessidades das vítimas de violência no município.

A Casa tem capacidade para abrigar até 20 pessoas.

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Atualizado em 22 de março de 2006.