Prefeito pede que governos enviem recursos
O prefeito avaliou que os estragos de ontem não foram de grandes proporções como o registrado em outubro, quando mais de duas mil casas e estabelecimentos comerciais foram atingidos. Como ontem foi a terceira ocorrência desse gênero em Passo Fundo, o prefeito entrou em contato com o gabinete da governadora Yeda Crusius, reclamando que o município ainda não recebeu qualquer ajuda do Estado. Além disso, destacou Dipp, nem o decreto de Situação de Emergência havia sido homologado pela Defesa Civil.
"Se o decreto fosse homologado, nós iríamos também atrás de recursos do governo federal, mas isso não está sendo possível", lamentou o prefeito que pela manhã e à tarde esteve em diversos locais da cidade. Na sua constatação, o vendaval atingiu mais a parte Oeste da cidade, principalmente a região do Bairro integração, afetando, também, parte do setor produtivo da cidade.
AULAS SUSPENSAS
Numa forma preventiva, a prefeitura determinou que as aulas fossem suspensas na sexta-feira à tarde nas escolas municipais, tendo em vista que existiam muitos galhos de árvores e fios nas ruas, assim como a possibilidade novas chuvas fortes, explicou Dipp depois de se reunir com o secretário de Educação, Alcides Guareschi. Na avaliação da secretaria, 27 escolas do município tiveram algum tipo de problema com a força dos ventos.
Em seis escolas, os estragos foram maiores, sendo elas, Fredolino Chimango, no Jaboticabal, Daniel Dipp, na Hípica, Arlindo Luis Osório, na Dona Júlia, Wolmar Salton, na São Cristóvão, Coronel Lolico, na Lucas Araújo e Nossa Senhora das Graças, no Nenê Graeff. É possível que algumas dessas não retornem às aulas na segunda-feira, mas isso só será definido no final de semana, caso a recuperação não consiga ser concluída, salientou o secretário Guareschi.
NÚMEROS
De acordo com levantamento da Defesa Civil Municipal, coordenada pelo secretário José Eurides de Morais, somente ontem cerca de 300 casas e estabelecimentos foram destelhados pelo vendaval. "Isso só fez aumentar nossos problemas", comentou Eurides, para quem vão ser necessárias, no mínimo, duas semanas apenas para recolher todos os galhos de árvores espalhados pela cidade. "Apenas no Záchia tem uma árvore de 80 cm de diâmetro, que vai ser difícil de erguer", contou o secretário.
O secretário José Eurides também lamenta que o governo estadual ainda não tenha dado atenção para Passo Fundo, tendo em vista os temporais. Só no primeiro, em 20 de outubro, 2638 casas foram cadastradas, com problemas. Alguns dias depois, a chuva forte deixou outras 40 prejudicadas e agora mais de 300, informou. Infelizmente, explicou, não há mais recursos para ajudar as famílias prejudicadas", esclareceu Eurides, informando que, mesmo assim, as pessoas podem procurar as associações de bairros para se cadastrar e na medida do possível o município ajudará quem for carente. No momento não há mais lonas e telhas disponíveis, concluiu.