Prefeitura entregou equipamentos para serem utilizados nas atividades escolares

Prefeitura entregou equipamentos para serem utilizados nas atividades escolares
Hospital de Clínicas entrega ao Município 2,5 toneladas de alimentos para famílias que mais precisam
Mesmo com o fim da campanha Passo Fundo Solidária, que arrecadou mais de 60 toneladas de alimentos não perecíveis, as ações de solidariedade continuam ocorrendo em Passo Fundo. As doações arrecadadas são entregues pela Prefeitura, através da Secretaria de Cidadania e Assistência Social, para entidades assistenciais e para os CRAS (Centros de Referência de Assistência Social).
A mobilização a favor das pessoas que mais precisam uniu mais de 100 empresas parceiras e mais de 70 pontos de arrecadação, espalhados por toda a cidade. Milhares de passo-fundenses se solidarizaram e ajudaram. Nesta quinta-feira, o Hospital de Clínicas formalizou para a Prefeitura a entrega dos alimentos doados por funcionários da instituição. Foram mais de 2,5 toneladas arrecadadas por profissionais de saúde e funcionários do Hospital. O vice-prefeito João Pedro Nunes e o secretário de Cidadania e Assistência Social, Saul Spineli, estiveram no local e agradeceram a mobilização da instituição para ajudar as famílias que tiveram as dificuldades acentuadas em função da pandemia.
“O Hospital de Clínicas sente-se orgulhoso deste desprendimento e generosidade dos seus colaboradores que, cientes das carências da comunidade de Passo Fundo em razão da pandemia, juntaram-se e contribuíram com o que podiam para arrecadar estas 2,5 toneladas de alimentos que serão distribuídos pela Prefeitura. Nosso agradecimento a todos”, ressaltou o presidente do Hospital de Clínicas, Dr. Paulo Adil Ferenci.
Além de organizar a campanha, a Prefeitura comprou 4,8 mil cestas básicas, acrescidas às doações da comunidade. Neste ano, outras 4 mil cestas já haviam sido distribuídas pelo município às famílias assistidas.
Alimentos arrecadados na campanha Passo Fundo Solidária começam a ser distribuídos
Passo Fundo Solidária resulta em mais de 60 toneladas de alimentos arrecadados
Na última semana, entre os dias 11 e 17 de abril, a cidade vivenciou uma grande mobilização para ajudar pessoas que estão sofrendo os impactos da pandemia na mesa. A partir da campanha Passo Fundo Solidária, que uniu a Prefeitura, empresas, entidades e comunidade, mais de 60 toneladas de alimentos foram arrecadados e terão como destino as famílias que precisam.
O prefeito, Pedro Almeida, considera que a expectativa da campanha foi superada. “Queremos externalizar o nosso muito obrigado a cada passo-fundense que ajudou. Em tempos difíceis, a solidariedade faz a diferença”, disse.
Mais de cem empresas e entidades parceiras estimularam as doações. Cerca de 70 delas também foram pontos de arrecadação. No sábado, dia que marcou o fim do movimento, um drive-thru foi realizado em frente à Estação Gastronômica da Gare.
Além de organizar a mobilização, a Prefeitura comprou 4,8 mil cestas básicas, que serão acrescidas às doações da comunidade. Neste ano, outras 4 mil cestas já haviam sido distribuídas pelo município às famílias assistidas.
A partir de um cronograma de entrega, todos os alimentos arrecadados na campanha serão encaminhados à Semcas. Conforme o secretário de Cidadania e Assistência Social, Saul Spinelli, com o acompanhamento da Auditoria e Controle Interno do Município, eles serão distribuídos na sequência. “Hoje, temos quase 16 mil famílias acompanhadas. A distribuição será feita junto aos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e às entidades assistenciais, que estão na ponta atendendo a população”, afirma.
Fotos: Diogo Zanatta
Assistentes sociais, e psicólogo atuarão na proteção básica e especial
Mais profissionais estão integrando a rede municipal de assistência social para dar suporte às famílias atendidas. Novos assistentes sociais, psicólogo, auxiliares administrativos e motoristas, contratados por meio de Processo Seletivo Simplificado, iniciaram suas atividades na última semana.
O prefeito, Pedro Almeida, afirma que a contratação busca atender a uma demanda crescente de atendimentos em função da pandemia. “A assistência é essencial e não deixou de prestar serviços em nenhum momento ao longo desse último ano. Precisamos reforçar a área para que continuemos atendendo adequadamente a população”, destaca.
A secretária-adjunta de Cidadania e Assistência Social, Elenir Chapuis, afirma que, entre abril e novembro do ano passado, a Secretaria atingiu a marca de 90 mil atendimentos. “Enquanto muitas famílias tiveram as dificuldades acentuadas, outras também ingressaram nas políticas públicas por causa da pandemia”, salienta.
Conforme Elenir, os novos profissionais deverão dar suporte à proteção básica, que conta com os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), e especial, que avança para os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). “O objetivo é potencializar o apoio a famílias em risco social, garantindo que elas tenham um atendimento adequado e necessário”, declara.
Movimento marca o último dia da Campanha Passo Fundo Solidária
Alimentos arrecadados durante o drive-thru solidário serão levados até o 3º RPMon
A partir deste sábado (10), a Prefeitura, comunidade, empresas e entidades se unem para ampliar a ajuda às famílias que enfrentam as dificuldades estabelecidas pela pandemia. A campanha Passo Fundo Solidária será realizada durante uma semana para arrecadar alimentos não perecíveis, que terão como destino pessoas atendidas pela Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (Semcas) e entidades assistenciais.
O movimento conta com muitos parceiros. Entre eles, a Brigada Militar, que cuidará da logística, transporte e guarda dos alimentos arrecadados no drive-thru de doações, programado para o dia 17 de abril. Conforme o prefeito, Pedro Almeida, essa é mais uma ação organizada pelo Município que tem o apoio da instituição de segurança. “A Brigada Militar está sempre próxima da comunidade e, mais uma vez, prestamos a ela o nosso agradecimento. Definimos que todos os alimentos arrecadados no drive-thru serão encaminhados ao 3º RPMon para que, após isso, sejam encaminhados às entidades assistenciais”, destaca.
O comandante do 3º Regimento de Polícia Montada (RPMon), tenente-coronel Volnei Ceolin, enfatiza a participação. “Estaremos presentes para fazer desta campanha uma das maiores movimentos de arrecadação de alimentos feitos na cidade. A Brigada Militar também conscientizará os servidores militares para doarem alimentos à comunidade”, afirma.
Sobre a campanha
O prefeito considera que a mobilização conjunta tem como objetivo garantir a alimentação de pessoas que enfrentam dificuldades econômicas. “Muitas famílias tiveram a economia afetada pelas medidas de enfrentamento da pandemia e a suspensão de serviços. O Município continuou fazendo a distribuição de alimentos nesse período, mas quer reforçar as ações contando com o apoio da população, empresas e entidades. Acreditamos na solidariedade dos passo-fundenses, que poderão ser aliados na ajuda a quem está precisando”, destacou.
Integram a campanha supermercados, entidades empresariais, clubes sociais e de serviços, instituições de segurança pública, sindicatos, associações e veículos de comunicação. Mais pessoas, empresas e entidades poderão se somar à iniciativa.
Todos os alimentos arrecadados serão encaminhados à Semcas pelas empresas e entidades parceiras e, na sequência, distribuídos às pessoas que precisam. O processo terá o acompanhamento da Auditoria e Controle Interno do Município.
Além de desenvolver a campanha solidária, a Prefeitura autorizou nesta semana a compra de mais 4,8 mil cestas básicas, que serão acrescidas às doações da comunidade.
Pontos de arrecadação de alimentos:
Amme – Medicina Acessível
Bella Città Shopping
BRA Balen - Engenharia
Brigada Militar
Câmara de Vereadores
Canel Supermercados
Colégio Bom Conselho
Colégio Tiradentes
Comercial Zaffari
Commersul
Condomínio Vivenda das Palmeiras
CFC Autotec
E-Atacarejo
Embrapa
Farmácias São João (Av. Brasil Oeste, 2947/ Av. Brasil Oeste, 665/ Av. Brasil Leste, 1150/ Av. Presidente Vargas, 1020/ Av. Moacir da Motta Fortes, 176)
Hipermercado Bourbon
Hospital Ortopédico
Imobiliária Patrimmonio
Instituto Geral de Perícias (IGP)
Lojas da Comercial Zaffari
Jornal Diário da Manhã
Jornal O Nacional
Lojas Grazziotin
Mix Center
Nova Era – Administradora de condomínios
Passo Fundo Futsal (Ginásio do Capingui)
Passo Fundo Shopping
Polícia Civil
Prefeitura de Passo Fundo
Rádio Planalto
Rádio Uirapuru
Rádio e TV UPF
Rede de Farmácias Panvel (Av. Presidente Vargas, 75/ Rua Paissandú, 1343/ Passo Fundo Shopping)
Rede Super Passo
Rede Super Útil
Stock Center
Supermercados Marcolan
Supermercados Coqueiros
Outros parceiros da campanha Passo Fundo Solidária:
Acisa
Agrícola Ferrari
Cavaleiros do Planalto Médio
CDL
Colégio Notre Dame
CTG Lalau Miranda
Esporte Clube Gaúcho
Imobiliária Bortolini
Lions Clube
Oniz Alimentos
Ordem dos Cavaleiros (ORCAV) - 7ª Região Tradicionalista do MTG
Rádio Maisnova
Rádio Passo Fundo FM
Rotary Club
Sest/Senat
Sincogêneros
Sindilojas
Sinduscon
Drive-thru solidário
No sábado (17), último dia da campanha, está programado um drive-thru solidário na Avenida Sete de Setembro, ao lado da Estação Gastronômica da Gare. Das 9h às 15h, voluntários estarão no local para receber os donativos, observando as medidas de prevenção ao coronavírus.
Prefeitura lança grande mobilização para ajudar as pessoas que mais precisam
A partir da campanha Passo Fundo Solidária, lançada nesta quinta-feira (8), a Prefeitura busca unir a comunidade, empresas e entidades para ampliar a ajuda às famílias que mais precisam. De 10 a 17 de abril, serão arrecadados alimentos não perecíveis, que terão como destino pessoas atendidas pela Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (Semcas) e entidades assistenciais.
O prefeito Pedro Almeida enfatizou que a mobilização conjunta tem como objetivo garantir a alimentação de pessoas que enfrentam dificuldades econômicas. “Muitas famílias tiveram a economia afetada pelas medidas de enfrentamento da pandemia e a suspensão de serviços. O Município continuou fazendo a distribuição de alimentos nesse período, mas quer reforçar as ações contando com o apoio da população, empresas e entidades. Acreditamos na solidariedade dos passo-fundenses, que poderão ser aliados na ajuda a quem está precisando”, destacou.
Integram a campanha supermercados, entidades empresariais, clubes sociais e de serviços, instituições de segurança pública, sindicatos, associações e veículos de comunicação. Mais pessoas, empresas e entidades poderão se somar à iniciativa.
Todos os alimentos arrecadados serão encaminhados à Semcas pelas empresas e entidades parceiras e, na sequência, distribuídos às pessoas que precisam. O processo terá o acompanhamento da Auditoria e Controle Interno do Município.
De acordo com o secretário de Assistência Social, Saul Spinelli, há cerca de 15,9 mil famílias acompanhadas pela assistência social. “Essas famílias estão inscritas no Cadastro Único e são acompanhadas pela Prefeitura por meio dos Centros de Referência de Assistência Social, dentro dos seus territórios”, afirmou.
Neste ano, a Prefeitura já entregou mais de 4 mil cestas básicas. Em 2020, o Município fez a distribuição de 22 mil cestas, totalizando 450 toneladas de doações.
Além de desenvolver a campanha solidária, a Prefeitura autorizou a compra de mais 4,8 mil cestas básicas, que serão acrescidas às doações da comunidade. “Nosso objetivo é que esse número seja multiplicado com a união de toda comunidade”, reiterou o prefeito, enfatizando que a equipe de governo - prefeito, vice e secretários - fará a doação de 1 tonelada de alimentos de maneira particular.
A campanha foi apresentada na manhã de desta quinta-feira. O lançamento foi realizado pelo prefeito com a participação do vice-prefeito, João Pedro Nunes.
Pontos de coleta
De 10 e 17 de abril, diversos pontos receberão os donativos. Entre eles, estão:
- Lojas da Comercial Zaffari;
- Hipermercado Bourbon
- Unidades do Stock Center;
- Rádio Planalto;
- Rádio Uirapuru;
- Jornal Diário da Manhã;
- Jornal O Nacional;
- Rádio e TV UPF, no campus 1 da Universidade;
- Passo Fundo Futsal, no Ginásio do Capingui Passo Fundo Futsal;
- Passo Fundo Shopping;
- Bella Città Shopping.
Outras empresas e entidades poderão se somar à campanha. Se você tem interesse, pode entrar em contato pelo telefone e WhatsApp (54) 99191-1459.
Drive-thru solidário
No sábado (17), último dia da campanha, está programado um drive-thru solidário na Avenida Sete de Setembro, ao lado da Estação Gastronômica da Gare. Das 9h às 15h, voluntários estarão no local para receber os donativos, observando as medidas de prevenção ao coronavírus.
Fotos: Diogo Zanatta
Município planeja estratégias que possam ampliar o programa
“As crianças sentem que a vida pode ser melhor e que elas têm direito de ser feliz”, afirma Samantha Prado Weber. A autônoma, de 43 anos, o marido e os dois filhos são uma das oito famílias que fazem parte do Programa Família Acolhedora em Passo Fundo.
O programa foi implementado pelo município em 2013 como uma alternativa de reordenação do serviço de acolhimento. Em vez de crianças e adolescentes afastados de sua família de origem por diversos motivos, a partir de uma medida protetiva aplicada pelo juiz, irem para as casas de acolhimento, eles podem ser acolhidos provisoriamente em lares.
Conforme a secretária adjunta de Cidadania e Assistência Social, Elenir Chappuis, a proposta busca substituir o acolhimento institucional a fim de que as crianças tenham o menor grau de sofrimento ou perda em um momento de fragilidade em suas vidas. “A responsabilidade das famílias acolhedoras é cuidar das crianças enquanto permanecer o processo que definirá se ela poderá ser reintegrada à família de origem ou se será destituída do poder familiar e encaminhada para adoção. O processo jurídico e o acompanhamento são os mesmos. Porém, elas têm um cuidado exclusivo em um lar, junto com uma família”, afirma.
O desejo de Samantha de participar do programa nasceu com uma reportagem transmitida por uma emissora local. Ela, que tinha uma relação com trabalhos voluntários, enxergou no Família Acolhedora uma chance de ajudar as crianças de forma individual, proporcionando a elas cuidado e proteção.
A autônoma e o marido foram habilitados em outubro de 2015. Nesse período, já acolheram sete crianças, de cinco a 12 anos. “Tem sido uma experiência maravilhosa. Essas crianças trazem uma vontade de se desenvolver, de amar e ser amadas. É uma grande troca. Claro que há desafios, mas nada que, com muito amor e paciência, não seja superado. Cuidamos e educamos as crianças como fazemos com nossos filhos, sempre respeitando seus limites e suas história”, relata.
Toda a família faz parte do acolhimento
Entre as determinações do programa, está a concordância por parte de toda a família quanto ao acolhimento. De acordo com Elenir, a aprovação de todos os membros que compartilham a residência é fundamental para garantir o cuidado integral à criança acolhida. “Como a criança irá conviver com todos, todos precisam concordar”, pontua
Samantha e o marido possuem filhos: um menino de três e uma menina de 12 anos. Ela destaca que todos participam do processo. “Sempre que ligam para ver se podemos acolher determinada criança, nos reunimos em família e conversamos sobre a criança e sua história. Decidimos em família”, comenta.
Vínculo duradouro
As crianças permanecem com as famílias acolhedoras pelo período que perdurar o processo que definirá a seu destino. “A premissa do programa é suprir o acolhimento, não a adoção. O tempo estipulado é de um ano e meio, mas, em alguns casos, é prolongado”, salienta Elenir.
Para Samantha, o acolhimento é tratado de forma clara com os filhos para que eles também estejam preparados para a despedida. “Quando a equipe nos avisa sobre o desacolhimento, já vou trabalhando com as crianças e as preparando para a despedida, tanto os meus filhos quanto as crianças acolhidas. Procuramos fazer essa transição de forma mais leve possível, sempre animando as crianças acolhidas para a nova vida que terão, passando segurança e mostrando que estamos muito felizes por elas, mesmo que, por dentro, o coração esteja apertadinho. E meus filhos entendem que as crianças serão felizes e terão uma família que irá amá-las”, descreve.
O que motiva a família é saber que poderá continuar transformando a vida de outras crianças. “Cada criança que vai leva um pedacinho de nosso junto. Nos permitir chorar e ficar tristes com a ida delas também faz parte do processo. Mas sempre penso no bem que pudemos fazer pela criança no período em que esteve conosco e que, quando ela é desacolhida, irá para uma vida melhor e feliz, que pudemos aliviar um pouco da dor que ela passou. Fico pensando em como será a próxima criança, qual será sua história, como iremos ajudá-la”, esclarece a autônoma.
Dizer tchau, no entanto, não significa quebrar o vínculo de amor construído. O contato e as visitas podem continuar e são importantes importante tanto para as famílias acolhedoras tanto para as crianças. “As crianças conseguem ver que não foram abandonadas e que seguiram para uma nova etapa. Elas sabem que poderão contar conosco para sempre”, declara Samantha.
Avanços em um programa que muda vidas
A secretária adjunta de Cidadania e Assistência Social esclarece que o Município busca descontruir paradigmas sobre o acolhimento familiar e sensibilizar mais pessoas para integrarem o programa. “Nós já mudamos a história do acolhimento. Entre 2012 e 2013, eram cerca de 100 crianças em acolhimento institucional. Hoje, esse número é de 16. Estamos trabalhando para potencializar o Programa Família Acolhedora e contar com mais famílias”, justifica.
O prefeito, Pedro Almeida, avalia o Família Acolhedora uma alternativa eficiente e necessária para promover o amparo a crianças e adolescentes que enfrentam a separação de suas famílias nucleares. Ainda, evidencia o interesse do Município em implementar estratégias que possam o fortalecer. “Nos últimos anos, a rede de proteção foi sendo aperfeiçoada, assegurando intervenções mais efetivas junto às crianças. O Família Acolhedora é aliado de outro programa, o Guarda Subsidiada, que permite que algum membro da família de origem cuide da criança e do adolescente que está em uma situação difícil. Ambos têm o objetivo de que seja feito o melhor pelas crianças até que a Justiça tenha uma decisão. Nós temos um olhar sensível a isso e pretendemos ampliar as ações para que a sociedade esteja, cada vez mais, unida a esse propósito”, pondera.
Samantha manifesta que conhece a diferença que o programa faz não só na vida das crianças, mas na de quem acolhe. “Eu acredito no Programa Família Acolhedora. Saber que você irá se dedicar a uma pessoa que não será sua para sempre, mas que seus ensinamentos, amor e influência estarão com ela para sempre, é grandioso”, conta.
Equipes acompanham pessoas que estão nas ruas para inseri-las na rede de serviços socioassistenciais
Em mais um dia de trabalho, a assistente social Raqueli Lima Paetzold e o monitor de atividades Marcos Antônio Ribeiro Pires, conduzidos pelo motorista Julmar Kurchner Cardozo, percorrem a cidade para conversar com a população em situação de rua. Durante as buscas, a equipe da Prefeitura visa estreitar a aproximação com as pessoas que estão em praças e demais espaços.
A abordagem às pessoas em situação de rua é especificada no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e, em Passo Fundo, ocorre durante 24 horas. Com a perspectiva da garantia de direitos, o serviço tem como foco identificar as necessidades imediatas dessa população, incluindo-a na rede de serviços socioassistenciais e políticas públicas.
A rede é ampla. Envolve, além do atendimento inicial e do reconhecimento das carências individuais de cada sujeito, uma série de outras etapas para que ele supere a condição. Ao entrar uma vez nela, o indivíduo é acolhido, mapeado pelas equipes de abordagem e estimulado a ingressar nas demais etapas de assistência.
Centro POP
O Centro POP Júlio Rosa é a porta de entrada para a assistência. No local, elas são auxiliadas no encaminhamento de documentos, passam por atendimento psicológico, são direcionadas para a casa de passagem, incentivadas a realizar tratamentos de saúde e reabilitação da dependência química e reaproximadas das suas famílias. Ainda, têm acesso a banhos, roupas limpas e alimentação.
Conforme Raqueli, no Centro POP, foi estruturado um suporte para que os usuários possam iniciar um novo caminho. “Tudo aquilo que elas têm de necessidades a gente trabalha para superar”, enfatiza.
Desintoxicação
Como a rua, em quase totalidade dos casos, é uma consequência de vícios em álcool e drogas e do enfraquecimento dos vínculos familiares, um dos passos mais importantes é a desintoxicação. “Hoje, em Passo Fundo, não tem ninguém que esteja na rua por causa da pobreza. As pessoas estão na rua por causa da dependência. Uma grande parcela tem família, tem casa”, relata Raqueli.
A desintoxicação é feita por meio do Centro de Atendimento Psicossocial – Álcool e Drogadição (CAPS-AD) e do hospital psiquiátrico. Quem aceita combater o vício recebe apoio para ser internado e limpar o organismo. Depois disso, tem a possibilidade de ir para um residencial terapêutico para dar continuidade ao processo de reabilitação.
No entanto, segundo Marcos, após o período de desintoxicação, a maioria das pessoas retorna para as ruas. “É quase uma utopia achar alguém que está na rua e que não seja usuário, ou de lícito ou de ilícito ou dos dois. A cada ano, são conseguidas cerca de 100 internações. Uma mesma pessoa é internada mais de uma vez”, menciona.
Interdição
Há casos em que a saúde mental e física está tão comprometida, que o Município tenta, junto ao Ministério Público, uma interdição. Essa é a última medida, tomada quando a pessoa coloca em risco a sua vida e a do outro.
Raqueli relembra um dos casos recentes de interdição, que envolvia o uso abusivo de drogas, transtornos mentais e ameaças a quem passava se recusava a dar esmolas. “Esse sujeito não tinha mais condições de cuidar de si mesmo. Com auxílio do CAPS-AD e do hospital psiquiátrico, via processo judicial, conseguimos encaminhar para internação e para a comunidade, da qual sairá apenas se tiver condições de ter uma vida independente”, conta.
A esmola
Conforme levantamento, no ano passado, havia 57 moradores de Passo Fundo em situação de rua. Contudo, pelo perfil da cidade, estima-se que outras 800 pessoas passaram por aqui, se estabelecendo por um período, indo até outros municípios e retornando. “Elas ficam circulando de uma cidade para outra, de um estado para outro. O vai e volta é dinâmico”, comenta Marcos.
Um dos fatores que insere Passo Fundo na lista de cidades com grande fluxo é a esmola.
A esmola sustenta a vida nas ruas e a dependência. Tendo dinheiro e alimento, as pessoas não buscam os serviços da rede ou recusam auxílio oferecido pela abordagem.
Conforme Marcos, nenhuma das pessoas que vivem nas ruas está abandonada pelas políticas públicas, mas as doações geram recursos para que ela veja que existe vantagem na situação. “Os usuários dos serviços falam da característica de Passo Fundo, que eles vêm para cá e ganham dinheiro. Muitas pessoas ganham 150 reais por dia, sustentando outras no mesmo local”, descreve.
A assistente social Raqueli também chama a atenção para isso e faz um pedido de ajuda. “A gente entende que a população é solidária, mas esse dinheiro vai para manter o vício. Por isso, temos um grito de socorro: não deem esmola”, diz.
Trabalho incansável
A abordagem é persistente, mas não pode exigir que as pessoas aceitem os serviços da rede. Todos os dias, as equipes buscam convencer quem está na rua a aceitar apoio.
Todavia, na maioria das vezes, a resposta é negativa. “A comunidade tem um desejo que não podemos fazer, que é chegar e levar as pessoas”, avaliou Raqueli.
Foto: Diogo Zanatta