Essas oficinas são realizadas periodicamente e fazem parte do Termo de Apadrinhamento Afetivo

Na última semana o programa de Apadrinhamento Afetivo coordenado pelo setor de Alta Complexidade da Secretaria de Cidadania e Assistência Social da Prefeitura de Passo Fundo realizou uma oficina com as pessoas habilitadas a participar do programa. No encontro foram apresentadas as peculiaridades do programa e esclarecidas dúvidas. Também foram discutidos casos de apadrinhamentos já efetuados, de forma a enriquecer o debate e levar aos participantes questões relevantes ao processo de apadrinhamento afetivo.
“Apadrinhar é compartilhar o cuidado de uma criança que encontra-se temporária ou definitivamente afastada de sua família, e institucionalizada. É abrir o coração para dar afeto e carinho, proporcionando uma convivência familiar e, mesmo que por pouco tempo, um cuidado individualizado às crianças e adolescentes em acolhimento, o que com certeza proporciona segurança, aprendizado, e relacionamento importante para a vida da criança ou adolescente, neste momento de maior fragilidade que é o acolhimento”, destaca a secretária adjunta de Cidadania e Assistência Social, Elenir Chapuis.
Essas oficinas são realizadas periodicamente e fazem parte do Termo de Apadrinhamento Afetivo, realizado entre o município e o Ministério Público com o objetivo de esclarecer os participantes, fortalecer o programa e dar segurança a quem está participando do processo.
O que é o apadrinhamento afetivo?
O Apadrinhamento Afetivo é um programa que oportuniza experiências positivas de vida e a construção de novos vínculos afetivos com padrinhos/madrinhas para crianças e adolescentes de 7 a 18 anos de idade, que estejam afastados de suas famílias biológicas por meio de medida protetiva de acolhimento.
Ter padrinho ou madrinha afetivo possibilita para criança e adolescente uma nova referência social e familiar de cuidado e afeto, por meio da convivência periódica, podendo ser semanal ou quinzenal.
Por que é tão importante?
Crianças e adolescentes acolhidos vivenciaram experiências familiares frágeis, o que, por vezes, impede de serem cuidados em suas próprias famílias. Muitos, devido a faixa etária, não estão no perfil das famílias adotantes, essas crianças e adolescentes dificilmente serão inseridos em uma nova família.
Quais são os objetivos do programa?
- Possibilitar a formação de vínculos alternativos com madrinhas e/ou padrinhos afetivos garantindo o direito à convivência e o cuidado em ambiente familiar e comunitário.
- Apoiar e contribuir na superação da situação de violação de direitos vivida pelas crianças e adolescentes.
- Propiciar vivências familiares e emocionais saudáveis.
- Auxiliar no desenvolvimento intelectual e cultural.
Quem pode ser padrinho ou madrinha?
- Pessoas que tenham interesse e disponibilidade em oferecer cuidado e afeto para a criança ou adolescente afilhado no mínimo duas vezes por mês.
- Tenham idade mínima de 18 anos, respeitando a diferença de 16 anos entre a criança ou adolescente apadrinhado e o adulto responsável.
- Apresentem ambiente familiar adequado e receptivo ao apadrinhamento.
- Residam no município de Passo Fundo e região.
- Apresentem boas condições de saúde física e mental.
- Possuam bons antecedentes.
Qual é o papel do padrinho ou madrinha afetivos?
Ter a co-responsabilidade de cuidado e proteção da criança ou adolescente apadrinhado, auxiliando na minimização do impacto de vivências traumáticas, oportunizando experiências positivas e reparadoras. Para adolescentes, especialmente a partir dos 16 anos, o padrinho/madrinha afetivo tem um papel fundamental em contribuir na preparação para a vida adulta.
Importante! Caso seja selecionado, o padrinho/madrinha afetivo será devidamente preparado para apadrinhar a criança ou adolescente, sendo acompanhado pela equipe técnica do programa durante o apadrinhamento. O fundamental é ter disponibilidade afetiva e emocional!
Quanto tempo dura o apadrinhamento afetivo?
Não há um tempo pré-determinado, a ideia é que o padrinho/madrinha afetivo possam apadrinhar a criança e/ou adolescente até quando necessário for.
Como posso ser um padrinho ou madrinha afetivo?
Você precisa entrar em contato com o Programa de Apadrinhamento Afetivo pelo telefone (54) 3312-3070, ou enviar e-mail para semcas@pmpf.rs.gov.br manifestando o seu interesse. Assim, os responsáveis pelo programa agendarão um atendimento para orientações e esclarecimento de dúvidas. Caso você decida apadrinhar uma criança ou adolescente precisará preencher uma ficha de inscrição, trazer a documentação necessária e passar por uma avaliação da equipe técnica.
Quais são os documentos necessários?
- Documentos pessoais, RG ou Certidão de Nascimento, CPF - de todos os integrantes do grupo familiar
- Comprovante de residência
- Certidão de antecedentes cível e criminal
- Atestado médico de saúde física e mental
- Em se tratando de casal, a documentação dos cônjuges deve ser completa, visto que o Termo de Responsabilidade Especial será expedido em nome de ambos.