Família Acolhedora: experiência bem sucedida mostra benefícios do serviço

Família Acolhedora: experiência bem sucedida mostra benefícios do serviço

O Serviço de Família acolhedora, criado em Passo Fundo em 2013, envolve o acolhimento de crianças e adolescentes em famílias voluntárias. Passo Fundo foi o quinto município a aderir ao serviço no Estado, considerado uma ferramenta fundamental para mudar o padrão instaurado de institucionalização na questão do acolhimento.

Segundo Elenir Chapuis, secretária adjunta de Cidadania e Assistência Social do município, desde o lançamento do serviço na cidade foram realizados diversos encontros com a finalidade de divulgar o funcionamento. “Realizamos cerca de 20 reuniões, com grupos de casais, com a rede interna do serviço, juizado da infância e juventude, em igrejas e faculdades”, destacou Elenir.

Elenir explica que os encontros têm a intenção de esclarecer dúvidas sobre o serviço e discutir a importância do acolhimento com a comunidade. “Fizemos um encontro no Ministério Público, aberto à comunidade e ainda um Chá Acolhedor, ainda em 2014, a fim de articular a rede envolvida no serviço. A partir dos encontros, é possível esclarecer dúvidas e desmistificar opiniões”, frisou.

Para os responsáveis pelo Família Acolhedora, a partir das experiências conhecidas, percebe-se que cada local tem suas peculiaridades e sua trajetória em relação ao serviço. Em alguns casos, o Família Acolhedora se consolidou mais cedo, em outros, mais tarde. “Participamos do III Colóquio Internacional, no ano passado, sendo que Passo Fundo era uma das 3 cidades do Estado presentes no evento. Percebemos que, para se consolidar, o serviço depende de muitos fatores, como o olhar da população, número de crianças em acolhimento, entre outros”, contou Elenir.

Em Passo Fundo, a experiência vivida há cerca de 7 meses pela dona Gilda Maria Argenton é positiva. Ela acolheu duas irmãs, de 10 e 12 anos, e conta como a convivência pode ser enriquecedora. “No início é um pouco mais difícil, porque são hábitos diferentes que as crianças trazem, mas com o tempo conseguimos nos acostumar e elas se integraram à família. A convivência é boa e com o suporte dado pelo serviço, através de visitas de psicólogos e assistentes sociais, conseguimos conviver em harmonia”, declarou Gilda.

O Serviço de Família Acolhedora está organizado de acordo com a legislação, que prevê o oferecimento de um lar para crianças e adolescentes que se encontram temporariamente afastados de suas famílias de origem, devido a violações de direito que afetaram ou romperam os vínculos familiares.

“O período de afastamento da criança da família de origem, seja qual for o motivo, é o momento de maior fragilidade. Ter o carinho e o cuidado de uma família pode minimizar significativamente esse sofrimento. Acreditamos que acolher uma criança pode contribuir muito para o bem-estar da criança, mas contribui também para o crescimento e para a vida de quem acolhe”, encerrou Elenir.

Mais detalhes sobre o Serviço Família Acolhedora, podem ser obtidos pelo telefone (54) 3312-3070 – ramal 260.


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Atualizado em 25 de fevereiro de 2015.