Abordagens são para auxiliar pessoas em situação de rua

O Serviço de Abordagem Social da Prefeitura de Passo Fundo intensificou a busca ativa nos dias mais frios com o objetivo de encontrar pessoas em situação de rua e oferecer os serviços disponíveis, garantindo o acesso e a preservação dos direitos mínimos dos usuários à vida e às necessidades básicas.
Foram realizadas cerca de 20 abordagens por noite pelas equipes da Prefeitura nos últimos dias. A Casa de Passagem acolheu cerca de 28 pessoas por noite e foram servidas em torno de 40 refeições diárias. O Centro Pop também teve uma média de 25 a 40 atendimentos diários, oferecendo atendimento técnico, lanche, banho, espaço para permanência durante o dia e oficina de música.
O Serviço de Abordagem tem a principal característica de proporcionar o acesso através da busca nos espaços públicos, nas ruas e encaminhar para os demais serviços da rede assistencial, como Centro Pop, Casa de Passagem, CRAS, CREAS, assim como a própria família do usuário, e outras políticas de atendimento, como saúde, habitação, educação, dentre outras.
Além de buscar proporcionar formas de acesso e garantir o mínimo para a sobrevivência, a abordagem social é uma intervenção técnica, pois é o momento de realizar a escuta, observação, interação com o usuário a fim de ter elementos para a leitura da realidade de cada caso, e posteriormente elaborar quais estratégias são mais favoráveis, ao encaminhamento do caso em específico. Desta forma, não se trata apenas de resolver uma situação paliativa, como encaminhar imediatamente à Casa de Passagem, ou quando o usuário se recusa a sair das ruas, a oferta de agasalhos e cobertores, mas configura-se como um atendimento, que tem o objetivo de vinculação, e que busca posteriores encaminhamentos.
“Cabe ressaltar a importância do trabalho da equipe e da capacitação das pessoas envolvidas nesse processo, pois o trabalho é demorado, exige vinculação e relação de confiança e precisa garantir inclusive o direito de escolha do usuário”, enfatiza a secretária adjunta de Cidadania e Assistência Social, Elenir Chapuis.
A participação da comunidade tem sido fundamental nas ações, informando os locais e realizando doações para que os serviços possam ser executados de maneira adequada. Nas últimas seis noites, foram recebidas entre 30 a 40 chamadas por noite.
(Fotos: Divulgação/PMPF)