Serviço de atendimento coletivo a famílias

O objetivo é fortalecer a função protetiva das famílias

Dentre os atendimentos oferecidos pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), da Secretaria de Cidadania e Assistência Social da Prefeitura de Passo Fundo está o serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), que é um trabalho social realizado com as famílias em situação de vulnerabilidade, de forma contínua. O objetivo é fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura de vínculos familiares e sociais entre seus integrantes, além de promover o acesso a direitos, contribuindo na melhoria da qualidade de vida das pessoas que acessam o serviço.

As ações podem ser desenvolvidas de forma individual ou coletiva, sendo a segunda a forma que recebeu maior ênfase no trabalho realizados este ano pelo CRAS 02, que abrange a região Noroeste da cidade. Essas ações, implementadas com prévio planejamento e avaliação da equipe técnica de referência do CRAS, composta por assistentes sociais e psicóloga, estão acontecendo semanalmente no chamado PAIF Coletivo.

Segundo a psicóloga Aletéia Maria dos Passos Pinto, este trabalho realizado pela equipe favorece o desenvolvimento psicossocial na medida em que os participantes sentem-se pertencentes a um grupo e são acolhidos em suas diferenças. “As temáticas abordadas têm por objetivo promover a autonomia e o empoderamento da família uma vez que a mudança se inicia quando a pessoa passa a perceber novas perspectivas de vida”, salienta.

Acompanhamento e participação

Este acompanhamento está sendo feito com 23 famílias, que participam de encontros técnicos, que objetivam possibilitar o diálogo entre os participantes, a troca de experiências de vida e as reflexões acerca de situações externas que influenciam a família e a comunidade na qual estão inseridas. Nos encontros são realizadas oficinas onde se agrupam diferentes pessoas que vivenciam situações de vulnerabilidades sociais, familiares e econômicas, uma vez que são beneficiárias de programas sociais de transferência de renda como o Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada – BPC. Nestas oficinas as assistentes sociais e a psicóloga também realizam um trabalho de escuta e reflexão sobre as potencialidades, fragilidades e desejos de cada participante, estimulando o protagonismo de cada uma e incentivando o desenvolvimento de projetos coletivos.

Conforme a coordenadora do CRAS 02, Andréia Favaro dos Santos as oficinas com as famílias do PAIF são encontros previamente organizados com objetivos de curto prazo a serem atingidos com um conjunto de famílias, por meio da participação de seus responsáveis ou outros representantes, sob a condução de técnicas de nível superior, assistente social e psicóloga do CRAS. “São ofertadas nestas oficinas, como complemento do trabalho técnico, atividades com trabalhos manuais sob a condução de uma facilitadora, estas atividades contribuem no desenvolvimento de talentos de cada participante”, comenta.

Lauriane Benelli Scorsatto, assistente social, acredita que o PAIF coletivo possibilita aos integrantes momentos de integração, socialização e a troca de experiências e situações vivenciadas, bem como fortalecer vínculos familiares fragilizados e a prevenção da ruptura destes vínculos, buscando superar as vulnerabilidades identificadas e garantir o acesso aos direitos.

Diferença na vida das famílias
De acordo com a coordenadora é grande a importância deste trabalho na vida destas famílias: “as participantes trocam experiências de vida e vivências, além de contribuírem umas com as outras no processo de superação de vulnerabilidades enfrentadas, elas têm muito a nos ensinar também. Para as participantes, estes encontros representam um momento de se olharem e se reconhecerem como sujeito de direitos, afetos, desejos e também sonhos. Uma participante nos relatou que por meio da oficina do PAIF ela se sentiu importante e olhada, que a oficina a resgatou da condição de invisibilidade social”, destaca Andréia.

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Atualizado em 23 de maio de 2018.