Rodeio é investimento na cultura popular

Rodeio é investimento na cultura popular

O coordenador das  apresentações artísticas  do Rodeio Internacional de Passo Fundo, Paulo Dutra,  diretor da Secretaria de Desporto e Cultura do município, diz que a qualidade das apresentações é objetivo inserido nas metas deste evento. Manifesta preocupação na qualificação dos espetáculos, e que tem levado o assunto à coordenação geral dos rodeios. Vê a necessidade de certa ousadia, “como fizemos na abertura, onde pela primeira vez um espetáculo com o Coral da Universidade de Passo Fundo”.  O coral da UPF interpretou os hinos oficiais e criações dos cancioneiros de nossa  tradição. Destaca que alguns aplaudiram, mas outros se mostraram perplexos. Concorda, no  entanto, Paulo Dutra, que a qualificação do grupo foi o que mais surpreendeu, gerando aplausos e prendendo atenção. Considera, no entanto, que é preciso ter cuidado, apreciando sempre os artistas galponeiros, e principalmente locais, que sempre  fazem parte dos espetáculos.

Observa  que quando se salienta a qualidade, percebida num grupo praticamente desconhecido do grande público da mídia e rodeios, Buenas em Espalho, que canta a história do Rio Grande com qualidade vocal trabalhada. “Quando  começaram a cantar, com toda aquela harmonia de vozes, as pessoas  se aproximaram, atraídos pela qualidade”,  sinalizou Paulo Dutra. Nisso tudo há uma procura para que o Rodeio cresça também como referência cultural, e citou vários espetáculos que reúnem esta qualidade, como o cantor Mano Lima.
 
Para preservar continuidade neste sentido, sugere a criação de um paradigma, espécie de comissão permanente, encarregada de pensar a preservação cultural, assegurando esta memória, mesmo que mudem as administrações nas áreas artísticas. Paulo Dutra frisou que são importantes os investimentos feitos nesta  temporada, no Parque da  Roselândia, graças à participação dos  tradicionalistas, dos empresários, além da prefeitura. A preservação do meio ambiente deve ser incorporada com plena vigilância, para preservar a área, uma  raridade para a cultura e educação ambiental.

Ao final, Paulo Dutra falou de sua motivação  para trazer o jovem ao convívio cultural, através  da qualificação artística.

Preservação com a criança

O diretor Paulo Dutra acredita num fator multiplicados, ao considerar efeitos altamente positivos, quando se investe na cultura e na arte infantil. “Na cultura gaúcha isso se processa bem.”  Neste sentido defende a volta  da lei municipal do projeto Tradição e Folclore nas Escolas. Fala das  experiência que foram significativas na gestão passada, quando o município já teve mais de trinta grupos organizados, na  rede municipal. Isso funcionou como base de sustentação das entidades, opinou. O celeiro do CTG é a escola, no trabalho infantil que envolveu mais de 700 crianças. Felizmente  temos a promessa do prefeito Airton Dipp de que o projeto será logo retomado, o que não é difícil, porque temos o roteiro já elaborado, acrescentou Paulo Dutra.

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Atualizado em 6 de fevereiro de 2009.