Beira Trilho: grupo apresenta estudos e soluções para quem vive no local

Beira Trilho: grupo apresenta estudos e soluções para quem vive no local

Moradores da Beira Trilho querem a retirada dos trilhos e transformação do local onde moram em um bairro. Esta foi umas das constatações do levantamento sócio-econômico da população Beira trilho de Passo Fundo, feito por um grupo criado no ano de 2006, por decreto municipal.  Nesta quinta e sexta-feiras o grupo apresenta as conclusões do estudo para a comunidade e entidades de classe, durante um seminário que será realizado no Plenário da Câmara de Vereadores. Conforme o secretário de planejamento, Rene Cecconello, o seminário é o momento de convergência de um conjunto de esforços que reuniu várias organizações da sociedade civil, instituições de ensino e o poder público.

No seminário serão apresentados, além das conclusões do estudo,  a manifestação dos órgãos, instituições e moradores envolvidos com a questão e serão feitos encaminhamentos para viabilizar alternativas concretas para a solução do problema.

O levantamento de dados apontou, por exemplo, que 68,77% dos chefes das famílias da Beira Trilho são mulheres e que 50,49% das famílias dizem ter pelo menos um membro trabalhando com carteira assinada. A maioria das famílias mora no local há mais de 10 anos e diz que foi viver lá pois não tinha condições de adquirir um terreno e construir uma casa em outro local.

As próprias famílias apontaram ao grupo as soluções para a problemática que vivem. Para 76,48% das famílias entrevistadas, a solução comunitária é retirar os trilhos e transformar o local em bairro. Somente 16,11% preferem mudança das famílias para outro local.

O levantamento foi feito entre fevereiro de 2007 e junho de 2008, por estudantes de diversos cursos de graduação da UPF. As ações foram coordenadas pelos professores da UPF das áreas de economia, engenharia e Urbanismo, Geografia e Serviço Social. Também houve participação do Instituto Superior de Filosofia Berthier e Faculdade Meridional, com o curso de direito. A coordenação operacional teve colaboração da Comissão de Direitos Humanos. Foram entrevistadas 1012 famílias, em 973 unidade habitacionais.

Nesta quinta-feira o encontro começa as 19h, com a apresentação do resultado do diagnóstico e das perspectivas pelos professores das IES e comentários dos representantes de órgãos Públicos. Na sexta-feira, dia 17 de abril a reunião começa as 10h e deve contar com a presença dos membros do grupo de trabalho, além de representantes de órgãos públicos convidados para pactuar alternativas.

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Atualizado em 15 de abril de 2009.