O boom da construção civil no país, principalmente pelas obras de infraestrutura e do setor de petróleo e gás, com o polo naval gaúcho e a construção de quatro refinarias, além de eventos esportivos, como a Copa do Mundo e a Olimpíada, levou o grupo norte-americano Manitowoc Crane Group a resgatar um projeto de 2006 e investir R$ 70 milhões na abertura de uma fábrica em Passo Fundo, na região da Produção.
O boom da construção civil no país, principalmente pelas obras de infraestrutura e do setor de petróleo e gás, com o polo naval gaúcho e a construção de quatro refinarias, além de eventos esportivos, como a Copa do Mundo e a Olimpíada, levou o grupo norte-americano Manitowoc Crane Group a resgatar um projeto de 2006 e investir R$ 70 milhões na abertura de uma fábrica em Passo Fundo, na região da Produção. O protocolo de intenções foi assinado nesta quarta-feira (2), entre o estado do Rio Grande do Sul e o empreendedor. A unidade fabricará, em um primeiro momento, três guindastes: RT, para terrenos acidentados; Gruas, para construção civil, e Truck Train, guindaste telescópio.";;;O Brasil e o Rio Grande do Sul vão crescer. O país ingressa no segundo ciclo de exploração do petróleo, com o pré-sal, enquanto estamos criando todas as condições para que o Estado tenha o salto de desenvolvimento. O projeto se insere neste novo momento";;;, destacou o governador Tarso Genro, na assinatura do acordo de cooperação. O chefe do Executivo disse já ter tido contato com mais de 25 empreendedores dispostos a investir no Rio Grande do Sul - 15 grupos estrangeiros - e de dezenas de empresas, já instaladas no território gaúcho, dispostas a ampliar suas plantas, o que ultrapassaria um volume de investimento de US$ 1 bilhão.
O gerente geral de operações da Manitowoc no Brasil, Mauro Nunes, lembrou que o projeto foi desenvolvido em 2006, mas mantido em hibernação, em decorrência das crises econômicas que atingiram os Estados Unidos e a Comunidade Europeia. ";;;Em 2010, foi retomado com três cidades o disputando: Passo Fundo, a região de Araraquara e Fortaleza. Na reta final, a decisão ficou entre São Paulo e Rio Grande do Sul, com empate nos principais itens como logística, suprimento e mão de obra. O desempate a favor dos gaúchos veio com o Fundopem/Integrar";;;, explicou o executivo. De acordo com os dois programas do governo, os recursos poderão ser utilizados para financiar a instalação, ampliação, modernização ou reativação de plantas industriais e agroindustriais e de centros de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico. O Estado busca descentralizar os investimentos buscando o desenvolvimento econômico e social de municípios e regiões carentes de recursos.
Primeira planta na América Latina A planta, primeira na América Latina - o grupo já tem três unidades nos Estados Unidos e fábricas na China, Índia, Rússia, Eslováquia, França, Itália e Portugal - ficará no Distrito Industrial de Passo Fundo em uma área de 45 hectares. A empresa norte-americana pretende formar uma rede de fornecedores, principalmente do Rio Grande do Sul, distante no máximo 340 quilômetros. Também é possível que o complexo industrial receba sistemistas, seguindo uma tendência mundial de produção. ";;;A unidade brasileira será a terceira do grupo com alta tecnologia na fabricação de guindastes pesados, repetindo o que é feito somente nas nossas fábricas dos Estados Unidos e Itália";;;, lembrou o vice-presidente para a América Latina, Larry Weyers. Recebendo as licenças ambientais até o final de março, projetou o executivo, o plano da empresa é começar a montagem da fábrica em abril, com prazo de 12 meses para ativar sua linha de produção.
Linha de produção Em 2013, a unidade fabril estará produzindo 80 mil unidades por ano dos guindastes RT e Gruas, com faturamento previsto de R$ 100 milhões. Em 2014, é prevista a entrada na linha de produção do guindaste Telescópio, com a produção anual ficando entre 100 e 120 mil unidades, com previsão de R$ 400 milhões de faturamento/ano. O vice-presidente Larry Weyers não descartou a ampliação da planta em cinco anos.
O secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, destacou a rapidez do processo. ";;;Fomos procurados em janeiro e a empresa decidiu pelo investimento no mês seguinte. Além da importância da fábrica, temos a escolha do local, descentralizando o empreendimento e investindo em uma região que necessita de investimentos";;;, ressaltou.
Com relação à captação de novos investimentos, o secretário disse que nos próximos dias o governador deverá divulgar os grupos que negociam com o Estado e não teme que isso possa acirrar alguma disputa. ";;;Hoje não temos mais uma guerra fiscal e sim um suicídio fiscal, com os governos oferecendo parte de seus patrimônios. Cada um faz a administração que deseja";;;, observou.
Licenças ambientais O prefeito de Passo Fundo, Airton Dipp, ressalta a importância do projeto para o município e o Estado. ";;;Tenho certeza que estamos diante de um salto de qualidade para o município que terá a ampliação de seu PIB, bem como colaboraremos com o Rio Grande do Sul em seu processo de desenvolvimento";;;, garantiu.
Sobre as licenças ambientais, Tarso Genro observou que o Governo está fazendo um mutirão para acabar com este gargalo que ocorre na Secretaria do Meio Ambiente, por parte da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). ";;;Já determinei que se for possível que se faça a contratação emergencial, que se faça concurso e já formamos uma força tarefa interna no Governo com técnicos de outras secretarias para agilizar o processo";;;, disse. Perfil da Manitowoc A Manitowoc Crane Group é uma empresa subsidiária da Manitowoc Company Inc., com sede nos Estados Unidos onde opera desde 1902 no segmento de guindastes industriais assim como na produção de equipamentos para cozinhas industriais e refeitórios. Esta empresa está cotada na bolsa de Nova York desde 1971 e possui 15 plantas industriais espalhadas entre Estados Unidos, Europa, Japão, Índia e China. Nos vários países onde opera, a Manitowoc ocupa posição de destaque em razão de sua tecnologia exclusiva.
No Brasil, a Manitowoc Crane está presente há 20 anos atuando em todo o território brasileiro, com ênfase em vendas no Ceará, Pernambuco, Pará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, onde estão os maiores locadores de guindaste, as maiores construtoras, as mineradoras, as refinarias e as grandes obras de infraestrutura e de produção pesada.