Propostas definidas durante a Conferência serão encaminhadas ao executivo municipal para elaboração do Plano de Políticas para as Mulheres

Discutir e propor políticas para as mulheres no âmbito municipal e estabelecer as ações e diretrizes para o Plano Municipal de Políticas para as Mulheres de Passo Fundo foi o principal objetivo da III Conferência Municipal, realizado nesta sexta-feira, 23, no auditório da Imed.
A programação iniciou com o painel – Mulheres: construindo políticas públicas de emancipação, na parte da manhã. Dentre os assuntos debatidos, os principais – já elaborados nas pré-conferências – foram tratados através de eixos temáticos, trabalhados em grupos. O primeiro tratou da saúde e direitos sexuais e reprodutivos. Segundo Márcia Carbonari, presidente do Conselho Municipal dos Diretos das Mulheres – COMDIM, a mulher tem diversas especifidades. “As mulheres não são todas iguais e precisam ser atendidas conforme suas especifidades. A mulher idosa, por exemplo, precisa de um atendimento diferenciado de uma mulher jovem”, explica.
O segundo eixo tratou da educação não sexista, não racista e não homofóbica. Uma educação que promova a igualdade social e de gênero, sem discriminações e preconceitos. “Ainda temos muitas mulheres analfabetas no país, principalmente por abdicarem do direito ao estudo para cuidar dos filhos, tarefa que deveria ser dividida”, comenta Márcia.
Neste eixo, algumas políticas já foram definidas, como a inserção da Lei Maria da Penha no currículo escolar. Segundo a presidente do Conselho, essa medida pode prevenir a violência contra a mulher, principalmente por educar o aluno sobre seus direitos e deveres. “Outra proposta é trabalhar de forma contínua e permanente os educadores, pois é necessário educar também quem passará esses conhecimentos adiante”, disse.
No quarto eixo foi debatido a geração de emprego e renda da mulher. O último eixo tratou do enfrentamento à violência contra a mulher. “A violência acontece e a mulher precisa de amparo do Estado. Mas, é necessário pensar numa prevenção incluindo os homens nessa discussão. A mulher é sujeito e precisa ser respeitada como tal”, explica Maria de Lourdes Coelho Pupe, coordenadora da Coordenadoria da Mulher.
Todas as propostas definidas durante a Conferência serão encaminhadas ao executivo municipal para elaboração do Plano de Políticas para as Mulheres. “As propostas estão muito interessantes e esperamos que até o fim do ano elas possam ser executadas para que as mulheres que estão aqui, hoje, saibam que não estão lutando em vão”, destaca a coordenadora.